Mulher perde 127 kg e compartilha mudança de vida nas redes sociais; antes e depois surpreende

amber rachdi
Norte-americana precisou fazer bariátrica por questões de saúde (Reprodução/Instagram)

Uma mulher norte-americana que chegou a pesar 317 quilos ganhou mais qualidade de vida ao perder um terço de seu peso depois de uma cirurgia bariátrica. Para os médicos de Amber Rachdi, que recomendaram o procedimento, a operação evitou a morte dela.

Segundo o The Sun, Amber pesava 69 quilos aos cinco anos e, ao longo da vida adulta, continuou a ganhar peso. Na realidade em que se encontrava antes da cirurgia, ela não conseguia ficar em pé por mais de meia hora e tinha dificuldade para exercer tarefas básicas.

Os médicos alertaram de que ela poderia morrer aos 30 anos caso não perdesse peso. Assim, depois de várias mudanças drásticas e com a ajuda da bariátrica, ela eliminou mais de 127 quilos.

Do sentimento de fracasso ao equilíbrio

Antes do procedimento, Amber Rachdi disse ao jornal Mail: “Tudo dói. Estou tão limitada no que posso fazer e onde posso ir”. À época, comentou também sobre se sentir presa e não gostar de viver daquela maneira.

Ela afirmou que usava a comida para controlar a ansiedade e lidar com o medo do fracasso. Com o passar do tempo, no entanto, a situação saiu do controle e começou a se preocupar com comida em boa parte do dia.

“Há uma expectativa antes de comer, mas não é agradável. É um sentimento de desespero e tristeza. A comida é um conforto e está me ajudando a evitar a realidade. Tenho muita ansiedade e não gosto disso”, contou.

Ao notar que precisava mudar para o bem da própria saúde, Amber procurou a ajuda de um especialista em bariátrica quando sua família se mudou para Houston, no estado do Texas. Ela foi à mesa de cirurgia meses depois, em 2014.

Após emagrecer, a mulher fez mudanças em sua dieta e começou a frequentar a academia regularmente. Amber também procurou um terapeuta para obter ajuda profissional, aprendendo a controlar sua ansiedade e a entender melhor seus mecanismos de enfrentamento anteriores.

Em post no Instagram, Amber Rachdi falou sobre como “nunca será magra”, mas que fez as pazes com isso. Ela compartilha, frequentemente, mensagens positivas sobre aceitação.

Amber compartilha dia a dia após a cirurgia (Reprodução/@amberrachdi/Instagram)

Gordofobia x ‘questão de saúde’

Ainda que casos como os de Amber necessitem de visibilidade, muitas pessoas se utilizam se comentários gordofóbicos para atacar corpos fora do padrão. Em conversa com o BHAZ no início deste ano, a nutricionista Maria Tereza Beling explicou que não podemos romantizar, tampouco estigmatizar a doença.

“Em primeiro lugar, a gente precisa considerar que o peso, ele está sim relacionado a determinantes de saúde. A gente não pode ignorar esse fato. Tanto o baixo peso, quanto o sobrepeso podem acarretar ao nosso organismo uma maior probabilidade para o surgimento de diversas doenças”, afirmou.

A especialista explicou, ainda, que o fato de uma pessoa não estar dentro do peso ideal não significa que ela seja obesa. Aos médicos, cabe analisar toda a composição corporal do paciente.

“A gente tem que ter muita seriedade enquanto profissionais de saúde porque o corpo é uma espécie de templo que está abrigando os nossos órgãos e nos fazendo sobreviver e que pode viver mais e melhor se a gente cuidar bem dele”, frisou ela.

A nutricionista ressaltou que, embora o indivíduo deva ser responsabilizado pelos cuidados com o próprio corpo, pessoas obesas não podem ser culpadas pelos corpos que têm – como acontece com frequência, seja por meio de comentários preconceituosos, estigma ou até de falta de estrutura básica para acolher corpos fora do padrão. 

Valorização de corpos magros

Embora haja uma grande valorização de corpos magros na sociedade, o emagrecimento nem sempre está relacionado à saúde. Apesar de os corpos gordos serem quase sempre os apontados para revelar “alertas” à saúde, o médico endocrinologista Tiago Spizirri explicou que a obsessão por ter um corpo magro pode representar sérios distúrbios.

“Existe um emagrecimento de forma exagerada que pode significar até uma alteração de personalidade. Alguma doença psiquiátrica e isso também precisa ser tratado. O emagrecimento pode estar relacionado a distúrbios como anorexia e bulimia, então nem todo emagrecimento é saudável”, contou ao BHAZ, na mesma ocasião.

Edição: Roberth Costa
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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