Mecânico salva crianças, mata pedófilo e pode pegar 15 anos de cadeia

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Homem estava passando na rua quando uma das crianças pediu por socorro (Reprodução/East2west News/Vesti Ufa)

Um mecânico de 34 anos pôs fim a um pesadelo que duas crianças viviam, mas acabou começando um para si próprio. Vladimir Sankin descobriu que o xará Vladimir Zaitsev, que coleciona acusações de pedofilia, mantinha as duas crianças, de 10 e 14 anos, reféns e as obrigava a fazer “atos sexuais”. Revoltado com os relatos, ele espancou o pedófilo e o homem morreu. Agora, Sankin encara a possibilidade de pegar até 15 anos de cadeia.

O caso aconteceu na Rússia. De acordo com o The Sun, Zaitsev, que já havia sido preso por crimes sexuais contra crianças, teria atraído os dois meninos até o seu apartamento e os obrigado a ingerir álcool. Ele também forçou o menino mais velho a ficar nu, sob ameaça de matá-lo e esquartejá-lo caso não obedecesse. Como se não bastasse, o homem ainda teria cometido “atos obscenos” com os meninos.

Com sorte, o mais jovem conseguiu escapar e procurou ajuda com pessoas que passavam na rua. Foi quando ele encontrou Sankin. Depois de ouvir os relatos, o mecânico correu até o apartamento do pedófilo e libertou o segundo menino por conta própria. Ele usou um pedaço de madeira para agredir o pedófilo, que sofreu vários ferimentos e bateu a cabeça durante uma queda. A polícia foi até o local e o homem foi socorrido, mas acabou não resistindo e morreu na ambulância.

Acusações

Uma investigação criminal foi aberta para apurar o caso e concluiu que os jovens já haviam sido liberados quando Sankin chegou ao apartamento do pedófilo e que ele usou “força desproporcional” ao agredi-lo. No entanto, um laudo médico concluiu que o homem morreu de congelamento, e não em decorrência dos ferimentos.

Mesmo assim, o júri responsável pelo caso considerou Sankin culpado de assassinato. Apesar da conclusão, o júri pediu por leniência na sentença do mecânico, que deve sair na próxima semana. O caso ainda mobilizou moradores da região, que organizaram um abaixo-assinado com mais de 70 mil assinaturas pedindo que ele fosse inocentado, e um empresário que pagou por todas as despesas de Sankin no processo.

Entre as pessoas que defenderam o mecânico, vários pontuaram que ele “agiu como um homem de verdade” e que “o mundo precisa de mais homens assim”. Sankin também tentou se defender publicamente: “Eu tinha uma escolha: passar direto ou salvar as crianças. Certamente, todo homem faria o mesmo no meu lugar”.

Edição: Roberth Costa
Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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