Nasa divulga primeiro registro da origem do Universo com o poderoso telescópio James Webb

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Primeiro registro foi divulgado pela Nasa nessa quarta-feira (Reprodução/Nasa, CSA and FGS team)

A agência norte-americana Nasa publicou uma nova foto tirada durante testes do telescópio James Webb – um instrumento tão poderoso que pode “espiar” as origens doUniverso. A imagem revela centenas de estrelas e galáxias distantes, e foi divulgada antes do lançamento oficial dos primeiros registros científicos capturados pelo novo telescópio. E o primeiro resultado já é impressionante. As informações são do site phys.org.

O observatório de 10 bilhões de dólares (cerca de R$ 53,4 bilhões) foi lançado em dezembro do ano passado e agora orbitando o Sol a 1,5 milhão de quilômetros da Terra. O artefato pode observar onde nenhum outro telescópio observou antes graças ao seu enorme espelho primário e instrumentos que se concentram no infravermelho, permitindo para olhar através de poeira e gás.

As primeiras imagens totalmente formadas devem ser lançadas no próximo dia 12, mas a Nasa forneceu uma foto de teste de engenharia na quarta-feira – o resultado de 72 exposições ao longo de 32 horas que mostra um conjunto de estrelas e galáxias distantes.

Reprodução/Nasa, CSA and FGS team

‘Vislumbre tentador’

Segundo a Nasa, o registro está “entre as imagens mais profundas do universo já tiradas” e oferece um “vislumbre tentador” do que será revelado nos próximos semanas, meses e anos. “Quando esta imagem foi tirada, fiquei emocionado ao ver claramente toda a estrutura detalhada dessas galáxias fracas”, disse Neil Rowlands, cientista do programa do Sensor de Orientação Fina da Webb na Honeywell Aerospace.

Jane Rigby, cientista de operações de Webb no Goddard Space Flight Center da Nasa, disse que as “bolhas mais fracas nesta imagem são exatamente os tipos de galáxias fracas que Webb estudará em seu primeiro ano de operações científicas”.

Bill Nelson, administrador da Nasa, disse na semana passada que Webb é capaz de olhar mais longe no cosmos do que qualquer telescópio antes dele. “Vai explorar objetos no sistema solar e atmosferas de exoplanetas que orbitam outras estrelas, dando-nos pistas sobre se potencialmente suas atmosferas são semelhantes às nossas”.

Origem do universo

“Pode responder a algumas perguntas que temos: de onde viemos? O que mais existe por aí? Quem somos? E, claro, vai responder a algumas perguntas que nem sabemos quais são as perguntas”, completou Bill Nelson.

As capacidades de infravermelho do Webb permitem que ele veja no tempo o Big Bang, que aconteceu 13,8 bilhões de anos atrás. Como o Universo está se expandindo, a luz das primeiras estrelas muda dos comprimentos de onda ultravioleta e visível em que foi emitida para comprimentos de onda infravermelhos mais longos – que o Webb está equipado para detectar em uma resolução sem precedentes.

Atualmente, as primeiras observações cosmológicas datam de 330 milhões de anos após o Big Bang, mas com as capacidades do Webb, os astrônomos acreditam que quebrarão facilmente o recorde.

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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