Nasa ’empinará’ pipa gigante para estudar eclipse raro que acontece nesta madrugada

pipa nasa
Para garantir que os cientistas também conseguirão ter uma boa visão do eclipse, uma equipe da Nasa ’empinará’ uma pipa gigante (Klemens Brumann e Benedict Justen/Nasa)

Moradores da Austrália foram privilegiados e poderão acompanhar a olho nu um eclipse raro que acontece na madrugada desta sexta-feira (20) e que não será visível no Brasil.

Para garantir que os cientistas terão uma boa visão do fenômeno, que só volta a acontecer daqui a 10 anos, a Nasa “empinará” uma pipa gigante para elevar o equipamento científico a um quilômetro acima da paisagem australiana.

A iniciativa é de uma equipe liderada pela astrônoma Shadia Habbal, da Universidade do Havaí. A pipa, apelidada de Cody, tem formato de caixa e voará para estudar o eclipse solar total.

Financiado pela Nasa, o experimento voará em um espectrômetro, equipamento capaz de separar a luz em comprimentos de onda revelando detalhes como composição elementar, temperatura e movimento.

Pipa deve ser utilizada nos próximos eclipses

Com essa “ajudinha”, Habbal espera entender melhor como as partículas carregadas de elétrons, prótons e outros elementos mais pesados ​escapam do Sol para formar o vento solar, uma corrente contínua que preenche o sistema solar. 

Mesmo que não haja nuvens no céu durante o eclipse, a equipe de Habbal planeja fazer o experimento para descobrir se as observações baseadas na pipa poderão funcionar em eclipses futuros. Se o experimento for bem-sucedido, Habbal espera que o objeto voe novamente nos Estados Unidos durante o eclipse solar total em 8 de abril de 2024.

Na ocasião, a pipa deve voar em até quatro quilômetros de altura e por um período de tempo mais longo. “O eclipse da Austrália dura apenas cerca de um minuto, enquanto o eclipse dos EUA será mais longo – mais de quatro minutos em muitos lugares”, disse Habbal.

Para que pessoas em qualquer lugar do mundo consigam assistir ao eclipse raro, a Nasa realizará uma live no YouTube.

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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