Ômicron representa risco global elevado, mas potenciais danos ainda estão sendo estudados, afirma OMS

Laboratório
Variante está sendo estudada por pesquisadores da África do Sul e pelo mundo (FOTO ILUSTRATIVA: Josué Damascena/IOC-Fiocruz)

variante ômicron do novo coronavírus representa um risco muito elevado para o planeta, advertiu a OMS (Organização Mundial da Saúde) em documento técnico. A organização ainda destacou que pesquisadores em todo o mundo estão conduzindo estudos para entender melhor os muitos aspectos da ômicron que continuam desconhecidos. Ainda há dúvidas, por exemplo, sobre o grau de transmissibilidade e gravidade da doença.

Como anunciado pela OMS na última sexta-feira (26), a ômicron é uma variante com um grande número de mutações. Dadas as mutações que poderiam conferir de escapar de uma resposta imune e dar-lhe possivelmente uma vantagem de transmissibilidade, a probabilidade de disseminação potencial do ômicron em nível global é alta.

“Dependendo dessas características, pode haver surtos futuros de Covid-19, que podem ter consequências graves, dependendo de uma série de fatores, incluindo onde os surtos podem ocorrer. O risco global geral relacionado ao novo VOC ômicron é avaliado como muito alto”, afirmou a OMS em documento técnico.

As principais incertezas são: quão transmissível é a variante; quão bem as vacinas já existentes contra a Covid-19 protegem contra a infecção, doença clínica de diferentes graus de gravidade e morte; e se a variante apresenta um perfil de gravidade diferente.

Informações atuais sobre a ômicron

A OMS compartilhou o conhecimento atual sobre a ômicron. Segundo a organização, outras descobertas serão disponibilizadas assim que mais estudos estiverem disponíveis.

Qual o nível de contágio?

Ainda não está claro se a ômicron é mais transmissível (por exemplo, se ela é mais facilmente transmitida de pessoa para pessoa) em comparação com outras variantes, incluindo a delta. O número de pessoas com teste positivo aumentou em áreas da África do Sul afetadas por esta variante, mas estudos epidemiológicos ainda estão em andamento para entender se é por causa da ômicron ou outros fatores.

A ômicron causa sintomas mais graves?

Ainda não está claro se a infecção com ômicron causa sintomas mais graves em comparação com infecções com outras variantes, incluindo a delta. Dados preliminares sugerem que há taxas crescentes de hospitalização na África do Sul, mas isso pode ser devido ao aumento do número geral de pessoas que estão se infectando, e não devido a uma infecção específica com ômicron.

Atualmente, não há informações que sugerem que os sintomas associados a ômicron sejam diferentes daqueles de outras variantes. As infecções relatadas inicialmente foram entre estudantes universitários – indivíduos mais jovens que tendem a ter uma doença mais branda – mas compreender o nível de gravidade da variante ômicron levará dias a várias semanas.

Todas as variantes de Covid-19, incluindo a variante delta, que é dominante em todo o mundo, podem causar doenças graves ou morte, em particular para as pessoas mais vulneráveis ​​e, portanto, a prevenção é sempre fundamental.

Qual a eficácia das vacinas contra a ômicron?

A OMS está trabalhando com parceiros técnicos para entender o impacto potencial dessa variante em nossas proteções existentes, incluindo vacinas. As vacinas continuam sendo críticas para reduzir doenças graves e morte, inclusive contra a variante circulante dominante, a delta. As vacinas atuais permanecem eficazes contra doenças graves e morte.

Qual a eficácia dos testes de Covid atuais?

Os testes de PCR, amplamente utilizados, ​​continuam a detectar a infecção do novo coronavírus, incluindo a infecção com ômicron, como também vimos com outras variantes. Estudos estão em andamento para determinar se há algum impacto em outros tipos de testes, incluindo testes de detecção rápida de antígenos.

Orientações para países e indivíduos

A OMS também publicou uma série de ações recomendadas aos países e indivíduos. Para os países, orienta-se a continuidade de implementação de medidas eficazes de saúde pública para reduzir a circulação da Covid-19 em geral, usando uma análise de risco e uma abordagem baseada na ciência. A organização também destacou a importância da redução das desigualdades no acesso às vacinas contra a Covid-19.

Já as medidas mais eficazes que os indivíduos podem tomar para reduzir a propagação do vírus é manter uma distância física de pelo menos um metro das outras pessoas; usar uma máscara bem ajustada; abrir janelas para melhorar a ventilação; evitar espaços mal ventilados ou lotados; manter as mãos limpas; tossir ou espirrar em um cotovelo ou tecido dobrado; e se vacinar na própria vez.

Edição: Vitor Fernandes

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