O Serviço Nacional de Parques (NPS) dos Estados Unidos tem feito pedidos expressos para visitantes não lamberem o sapo do deserto Sonora (Bufo alvarius), também conhecido como sapo do rio Colorado.
Em publicação no Facebook, a associação de parques americanos alertou os usuários sobre os riscos da prática à saúde.
De acordo com o NPS, essa espécie é uma dos maiores encontradas na América do Norte, podendo medir até 18 centímetros.
Visitantes começaram a lamber o sapo em função de uma toxina psicodélica presente na espécie. A tradição indígena usa a resina de algumas espécies de anfíbios para se chegar a estados alterados de consciência. No entanto, a aplicação é na pele, feita em rituais sagrados, por povos nativos.
O alerta do parque é sobre os riscos de contato direto com a toxina, como visitantes têm buscado.
“Estes sapos têm glândulas paratóides proeminentes, que secretam uma toxina potente. Pode te deixar doente se manusear o sapo ou colocar o veneno na boca”, informa o NPS. Por isso, a rede recomenda e pede às pessoas para não lamberem o sapo.
“Como alertamos para a maioria das coisas que você encontra em um parque nacional, seja uma lesma, um cogumelo desconhecido ou um grande sapo com olhos brilhantes na calada da noite, evite lamber. Obrigado”, diz o serviço de parques.
Possíveis benefícios
Apesar dos riscos, pesquisadores estudaram os benefícios de pacientes psiquiátricos consumirem o muco do Bufo Alvarius (nome científico do sapo do deserto).
Uma pesquisa da Universidade de Maastritch, na Holanda, indicou que respirar a secreção pode ajudar a tratar a depressão.
Porém, a secreção é desidratada e transformada em pó, para então ser inalado pelos voluntários do estudo de forma segura.