Primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson renuncia ao cargo após pressão do Partido Conservador

Boris Johnson
A decisão de Boris Johnson foi anunciada após pedidos de ministros e parlamentares do Partido Conservador do país (Governo do Reino Unido/Divulgação)

O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, renunciou ao cargo na tarde desta quinta-feira (7). A decisão foi anunciada após pedidos de ministros e parlamentares do Partido Conservador do país. Ele deve permanecer no governo britânico até setembro, quando um novo primeiro-ministro for eleito.

“Concordei com Sir Graham Brady, o presidente dos nossos deputados de bancada, que o processo de escolha desse novo líder deve começar agora. O calendário será anunciado na próxima semana e hoje eu nomeei um gabinete, como farei, até que um novo líder esteja no cargo”, disse ele, em discurso.

“Nosso sistema brilhante e darwiniano produzirá outro líder igualmente comprometido em levar este país adiante em tempos difíceis, não apenas ajudando as famílias a passar por isso, mas mudando e melhorando nossos sistemas, reduzindo os encargos para empresas e famílias e – sim – cortando impostos, porque essa é a maneira de gerar o crescimento e a renda que precisamos para pagar por grandes serviços públicos”, declarou Johnson.

‘Melhor emprego do mundo’

Durante seu pronunciamento aos colegas de partido, o então primeiro-ministro britânico se disse triste por “desistir do melhor emprego do mundo”. Ainda assim, ele prometeu apoio ao seu sucessor.

“Para esse novo líder eu digo, quem quer que seja, vou dar-lhe todo o apoio que puder. E para vocês, o povo britânico, eu sei que haverá muitos que estão aliviados, mas talvez alguns que ficarão desapontados, e eu quero que vocês saibam como estou triste por desistir do melhor emprego do mundo”, disse

Boris Johnson foi eleito em 2019 por meio de votações internas do Partido Conservador do Reino Unido. Ele entrou como substituto de Theresa May, que também havia desistido do cargo.

Nos últimos dias, a nomeação de um parlamentar acusado de assédio pressionaram o governo britânico. Festas clandestinas realizadas por integrantes do partido em 2020, quando o país se encontrava em lockdown por conta da pandemia de Covid-19, também entram na lista de escândalos envolvendo Johnson.

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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