Representantes da Rússia e da Ucrânia se reúnem pela primeira vez após invasão para começar negociações

Reunião entre Rússia e Ucrânia
Encontro marca começo de negociações entre os países para possível interrupção dos ataques (Ministério das Relações Exteriores da Bielorrússia/Divulgação)

Representantes de comitivas da Rússia e da Ucrânia se reúnem pela primeira vez, nesta segunda-feira (28), desde o início da invasão russa. O encontro marca um começo de negociações entre os países para uma possível interrupção dos ataques.

A reunião acontece na fronteira da Bielorrússia, em um momento de aumento do isolamento econômico da Rússia quatro dias depois da invasão. De acordo com a agência de notícias Reuters, a presidência da Ucrânia informou que as conversas se iniciam com o objetivo de um cessar-fogo imediato e a retirada do exército russo.

Já o Kremlin, governo russo, se recusou a revelar sua posição e seu objetivo com o encontro. Na Bielorrússia, aliada da Rússia onde ocorre o encontro, uma nova norma foi aprovada ontem retirando do país o status de não nuclear.

“Queridos amigos, o presidente da Bielorrússia me pediu para dar as boas-vindas a vocês e facilitar o trabalho o máximo possível. Como foi acordado com os presidentes Zelenskiy e Putin, podem se sentir completamente seguros”, disse o ministro das Relações Exteriores da Bielorrússia, Vladimir Makei, no início das reuniões.

Invasão russa

O exército da Rússia invadiu a Ucrânia na madrugada da última quinta-feira (24). Pouco depois de anunciar que o país do Leste europeu havia decidido realizar uma operação militar especial no território ucraniano, explosões foram relatadas em diversos pontos do país.

Ainda segundo a Reuters, dezenas de pessoas foram mortas hoje em ataques por foguetes russos na cidade de Kharkiv, segundo o assessor do Ministério do Interior ucraniano, Anton Herashchenko.

Pelo menos 102 civis na Ucrânia foram mortos desde quinta-feira (24) e 304 ficaram feridos. A chefe de Direitos Humanos das Nações Unidas, Michelle Bachelet, afirma que é possível que o número real seja “consideravelmente maior”.

Já de acordo com a Agência da Organização das Nações Unidas para Refugiados, mais de meio milhão de pessoas fugiram para países vizinhos.

Edição: Giovanna Fávero
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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