Russo se casa com ucraniana para fugir da guerra e entrar nos EUA

casal russo e ucraniana
Casal enfrentou problemas para ingressar nos Estados Unidos (Alexandra Mendoza/The San Diego Union-Tribune/TNS)

Após quase dois meses de guerra na Ucrânia, um homem russo se casou com uma mulher ucraniana em Tijuana, cidade que fica entre o México e a Califórnia (EUA). O relacionamento de Semen Bobrovski e Daria Sakhniuk começou há mais de três anos, quando o homem cruzou a fronteira da Ucrânia. As informações são do portal Telemundo 20.

Segundo a imprensa local, o plano inicial do casal era se unir em matrimônio em Kiev, capital ucraniana. Com a guerra avançando, contudo, eles precisaram recalcular o que haviam imaginado para o grande dia. Mesmo com as dificuldades impostas, o casamento ocorreu na fronteira mexicana com os Estados Unidos.

O casal relatou ao Telemundo 20 que percorreu milhares de quilômetros, em uma viagem de seis dias, para chegar à fronteira com o México. Por duas semanas, tentaram entrar em território norte-americano como refugiados, mas precisaram se casar em Tijuana devido às origens do noivo.

‘As coisas acontecem por um motivo’

Acontece que as autoridades estadunidenses só permitiram que a jovem entrasse no país como refugiada. Já o homem não teve permissão, pois a comunidade russa está proibida de entrar no país desde o início do conflito militar, exceto quando tem família no país. O jeito encontrado foi formalizar a união, provando legalmente o relacionamento entre os dois.

“Estamos cheios de alegria e agradecemos à população mexicana e o que fizeram por nós”, comentou Bobrovski, após vencerem a restrição. “Estou muito feliz por ter conhecido pessoas muito legais que nos ajudaram a nos casar aqui no México, em Tijuana”, completou Sakhniuk.

O noivo defendeu que “as coisas acontecem por um motivo” e que, apesar da guerra, ele e a amada se sentem sortudos e gratos por estarem casados. Além de celebrar a união, Sakhniuk comemorou o aniversário de 27 anos com uma tradicional festa mexicana, com direito a comidas típicas e a presença de outros refugiados.

Edição: Roberth Costa
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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