No primeiro dia de trabalho, segurança ‘entediado’ rabisca obra de arte avaliada em R$ 5 milhões

Segurança causa prejuízo de 5 milhões em obra de arte
A rasura foi identificada por visitantes do museu em que o homem trabalhava (Reprodução/The Art Newspaper Russia)

Uma obra de arte com valor aproximado de 1 milhão de dólares – cerca de R$ 5 milhões – foi destruída por um segurança “entediado” na Rússia. O caso ocorreu no Centro Yeltsin, em Ecaterimburgo onde o segurança trabalhava há apenas um dia. O funcionário novato desenhou olhos no quadro abstrato “Três Figuras”,  de 1930, da artista Anna Leporskaya. A rasura virou caso de polícia.

Em 7 de dezembro de 2021, dois visitantes perceberam os rabiscos feitos com caneta estereográfica na obra. De acordo com o jornal russo The Art, o caso foi denunciado na polícia no dia 20 do mesmo mês. O segurança, que era terceirizado, foi demitido e não teve a identidade revelada. Sabe-se apenas que a idade dele gira em torno de 60 anos.

Ministério cobra investigação

O crime começou a ser investigado apenas na última semana, porque, a princípio, o Ministério da Administração Interna recusou a investigação criminal, justificando que os danos eram “insignificantes”. O Ministério da Cultura, no entanto, recorreu da decisão e cobrou a abertura do inquérito.

Se o segurança for considerado culpado, deverá pagar uma multa e pode pegar até três meses de prisão.

O diretor-executivo da instituição, Alexander Drozdov, confirmou em comunicado divulgado nesta segunda-feira (14), que o funcionário era terceirizado. “Seus motivos ainda são desconhecidos, mas o governo acredita que foi algum tipo de lapso de sanidade”, disse a curadora da exposição, Anna Reshetkina ao site russo ura.ru.

O processo de restauração da pintura foi avaliado em 250 mil rublos – o equivalente a cerca de R$17 mil. A obra de arte foi encaminhada à Galeria Estatal Tretyakov em Moscou, sua galeria oficial, um dia após a descoberta das rasuras. Desde o vandalismo, todos os quadros possuem telas de proteção instaladas na frente das obras expostas no Centro Yeltsin.

Edição: Giovanna Fávero
Giulia Di Napoli[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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