Rússia ameaça usar forças nucleares e Ucrânia aceita iniciar negociação

Volodymyr-Zelensky
Em comunicado, o presidente da ucrânia informou sobre a negociação (Reprodução/Facebook)

Após ordem do presidente russo Vladimir Putin para aumentar as forças nucleares, a Ucrânia concordou, neste domingo (27), em fazer uma negociação com a Rússia. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que concordou em reunir-se com os russos “sem condições prévias”. Lukashenko, aliado de Putin, assumiu a responsabilidade de conter aviões e mísseis durante a conversa.

Segundo o NBC News, Zelensky disse que falou com o presidente da Bielorrússia Alexander Lukashenko e acabou concordando em encontrar com os russos. Inicialmente, a Ucrânia havia rejeitado a ideia de conversar com a Rússia.

O presidente ucraniano justificou que seu governo não participaria de negociações em Belarus, país aliado próximo de Moscou, onde milhares de tropas russas se reuniram na preparação para a invasão na semana passada.

Ucrânia volta atrás

A negativa da Ucrânia fez com que Vladimir Putin ordenasse, nesse domingo, que as forças nucleares estivessem em alerta máximo. Entretanto, Volodymyr Zelensky mudou o tom e aceitou conversar com as autoridades russas na fronteira da Bielorrússia.

Em declaração, Zelensky informou que as delegações se reunirão na fronteira entre a Ucrânia e a Bielorrússia, próximo ao rio Pripyat. Lukashenko “assumiu a responsabilidade de assegurar que todos os aviões, helicópteros e mísseis estacionados em território bielorusso permaneçam no solo durante a viagem, conversações e retorno da delegação ucraniana”, informou o gabinete ucraniano.

O presidente da Ucrânia duvida que a reunião traga resultados, no entanto, disse que comparecerá ao encontro “para que nenhum cidadão da Ucrânia tivesse qualquer dúvida de que eu, como presidente, não tentei parar a guerra quando havia uma pequena chance”. Ele acrescentou que permaneceria em Kiev enquanto as conversações prosseguissem.

Putin eleva riscos do conflito

Putin, ao colocar suas forças de dissuasão nuclear em alerta máximo, elevou pela primeira vez de forma explícita os riscos globais do conflito para um nível mais letal. A embaixadora dos Estados Unidos, Linda Thomas-Greenfield disse que Vladimir Putin “continua a escalar esta guerra de uma maneira totalmente inaceitável”.

O Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) planejou votar para convocar uma rara sessão especial de emergência da Assembléia Geral para tratar da invasão russa. Confira o pronunciamento de Volodymyr Zelensky na íntegra:

Edição: Roberth Costa
Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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