Mais da metade da população brasileira faz uso abusivo de álcool

POSED BY MODEL. Generic photo of a teenager drinking alcohol. Children under 15 should not drink a drop of alcohol, even at home, the Government’s chief medical officer said today. PRESS ASSOCIATION Photo. Picture date: Thursday January 29, 2009. Sir Liam Donaldson received the backing of health campaigners for attempting to clear up some of the ‘mixed messages’ given to parents about their children and drinking. See PA story HEALTH Alcohol. Photo credit should read: David Jones/PA Wire

Cerca de 59% da população brasileira possui hábitos abusivos no que diz respeito ao consumo de bebidas alcoólicas, sendo que, dessa parcela, 14% é de dependentes. Esses foram os dados apresentados pela professora e pesquisadora do Departamento de Biologia Geral da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ana Lúcia Brunialti, em audiência pública realizada pela Comissão de Prevenção e Combate ao Uso de Crack e outras Drogas da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), na tarde desta terça-feira (10).

Para Ana Lúcia Brunialti, que também é coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Genética da UFMG, e responsável por estudos acerca dos padrões genéticos do alcoolismo, os números apresentados “são claramente um problema de saúde pública”, fazendo-se necessário aprofundar o debate sobre medidas para controlar o problema. Segundo ela, o álcool já ocupa a 5° posição no ranking mundial de riscos de mortalidade precoce.

Nesse sentido, o presidente da comissão, deputado Antônio Jorge (PPS), que solicitou a realização do debate, destacou a necessidade de ações que incidam diretamente nas diferentes etapas do desenvolvimento do alcoolismo. “É necessário estratificar o risco. É errado discutir o tema com uma visão fundamentalista, pois estamos deixando de reconhecer os diferentes estágios do alcoolismo”, disse. O parlamentar, que também é médico, defendeu a necessidade de tratamentos específicos para cada caso dentro da evolução da doença.

A pesquisa apresentada pela professora Ana Lúcia Brunialti esclarece as questões genéticas e moleculares que implicam no desenvolvimento da dependência química. Segundo ela, o estudo é inédito, uma vez que, pela primeira vez, são apontadas vias biológicas que podem estar associadas ao uso abusivo de álcool.

Guilherme Scarpellini

Guilherme Scarpellini é redator de política e cidades no Portal BHAZ.

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