A adolescente de 17 anos encontrada morta dentro de uma casa no bairro Paulo Camilo em Betim, na região metropolitana de BH, morreu em decorrência de um tiro acidental. É o que concluiu a investigação da Polícia Civil de Minas Gerais a respeito do caso. Ainda segundo as autoridades, a vítima era explorada sexualmente.
De acordo com a Polícia Civil, o crime ocorreu em 27 de junho deste ano. Uma mulher de 21 anos foi indiciada por homicídio culposo e exploração sexual de criança ou adolescente, enquanto um homem de 43 anos foi indiciado também por exploração sexual.
O delegado Roberto Veran, titular da 2ª Delegacia de Polícia Civil em Betim, explica que a adolescente foi encontrada morta dentro da casa do homem. “O que já nos chamou atenção logo de cara foi que o morador fugiu da casa, deixando para trás apenas a mulher, suposta amiga da vítima”, narra ele.
Por meio da quebra de sigilo telefônico, os policiais descobriram que a jovem era explorada sexualmente. A mulher indiciada agia como agenciadora de programas sexuais da adolescente morta e de outras menores. Ela agia por meio das redes sociais, cobrando R$ 100 por cada exploração.
A Polícia Civil descobriu que após serem montados grupos em aplicativo de mensagens, a indiciada oferecia o que chamava de “catálogo sexual” ou “catálogo de garotas”, com vídeos e fotos das exploradas, todas adolescentes.
“Assim, na data dos fatos, as duas foram para a casa desse homem, que manteve relações sexuais com a menor. Conforme apurado, ele se passou por policial civil, embora as duas não tivessem acreditado, e mostrou uma arma de fogo, pedindo que a mais velha segurasse. Ela, sem saber manusear arma de fogo, disparou acidentalmente a arma e matou a adolescente”, revelou Veran.
Ainda segundo os levantamentos, o investigado acionou o Samu pedindo socorro e fugiu imediatamente, levando a arma. Já a mulher, foi presa em flagrante. A arma, que estava em situação regular, foi recuperada no decorrer das investigações.
O delegado Roberto Veran ressaltou que a vítima vivia em situação de extrema vulnerabilidade social e por isso se valia dos programas sexuais. “O que configura uma exploração ainda maior por parte da agenciadora, uma vez que a garota fazia isso basicamente para sobreviver, sem o conhecimento da família”, disse.
A Polícia Civil já identificou, até o momento, outras três menores que eram agenciadas pela mesma mulher.
Arreda pra Cá
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Com Polícia Civil de Minas Gerais
