Avó corre com neto e bombeiro salva criança de 9 meses: ‘Grande alívio’

Bombeiro salva bebê
Avó da criança procurava socorro desesperadamente (Divulgação/CBMMG)

Um bombeiro da cidade de Alfenas, no Sul de Minas, salvou a vida de um bebê de nove meses na noite de ontem (13). A criança foi levada até o portão da sede da corporação por duas mulheres, já desesperadas, depois de engasgar. O bebê chegou ao local sem respirar, mas foi socorrido rapidamente e passa bem. Veja abaixo como agir em casos de sufocamento em crianças.

O bombeiro Caio Alvarenga estava na unidade em Alfenas quando foi surpreendido pelas duas mulheres. Uma delas levava nos braços o netinho de nove meses, que estava sufocando. Elas explicaram que o bebê havia engasgado durante a alimentação.

Bombeiro agiu rápido

Alvarenga notou que o bebê não respirava e já estava com a face arroxeada. Imediatamente, o bombeiro iniciou a manobra de salvamento. “Nesse momento eu realizei o procedimento de desobstrução de vias aéreas”, detalha o socorrista.

Após alguns segundos, o bombeiro conseguiu desengasgar a criança. “Imediatamente o bebê começou a respirar e chorar. Foi um grande alívio para mim e para os familiares do bebê”, relembra Alvarenga. A avó da criança ficou extremamente grata e emocionada. O Corpo de Bombeiros ressalta a importância do treinamento constante dos agentes em ações rápidas como a do soldado Caio, que salvou o bebê.

‘Tragédia’

Todo cuidado é pouco, já que o engasgo de crianças pode terminar em tragédia. Foi o que ocorreu com o pequeno Arthur, de apenas 2 anos. A criança ingeriu uma tampa de garrafa de água mineral, no dia 7 e janeiro, e morreu. Ele e o pai estavam sozinhos no momento do acidente.

Desde então, o policial tem sido apontado nas redes sociais como negligente com a criança. O delegado Carlos Alberto respondeu às acusações em uma carta aberta, em que fala sobre seus sentimentos em relação à fatalidade. “Não houve falta de cuidado, ele estava sendo monitorado, foi uma tragédia que eu não desejo a nenhum pai ou mãe. Pergunto então, quem é que vai imaginar que o filho vai morrer por ter uma garrafa pet de água mineral em casa?”, questiona.

Manobras de salvamento

No caso de crianças pequenas engasgarem, existem algumas manobras de primeiro socorro que podem salvar vidas. Os procedimentos emergenciais devem ser aplicados no caso de crianças ficarem sem respirar por causa do engasgo.

Para crianças maiores de um ano, pode ser aplicada a manobra de Heimlich, que consiste em compressões abaixo das costelas, com sentido para cima, abraçando a criança por trás. Deve-se fazer o movimento até que o objeto seja deslocado da via aérea para a boca e expelido.

Para os bebês com menos de um ano, a manobra de desengasgo consiste em 5 percussões com a mão na região das costas, a criança com a cabeça virada para baixo, seguida de 5 compressões na frente, até que o objeto seja expelido ou a criança torne-se responsiva e reaja.

Caso seja possível visualizar o objeto ou alimento na boca, retire-o com cuidado. Mas não tente ir às cegas com o dedo na boca, pois pode provocar lesões na região ou empurrar o corpo estranho para regiões mais baixas, e piorar o quadro de obstrução.

Precauções

Para evitar que crianças engasguem, algumas precauções são importantes:

• Não ofereça alimentos a crianças menores de 4 anos, sem amassar e desfiar as fibras.
• Não deixar pedaços de alimentos no prato, principalmente os arredondados.
• Estar ciente das manobras de desobstrução que você pode fazer em casa, citadas acima.
• Insistir para que as crianças comam à mesa, sentadas. Evite alimentá-las enquanto correm, andam, brincam, estão rindo e não deixá-las deitar com alimento na boca.
• Supervisione sempre a alimentação de crianças pequenas.
• Fique atento às crianças mais velhas. Muitos acidentes ocorrem quando irmãos ou irmãs mais velhas oferecem objetos ou alimentos perigosos para os menores.
• Evite comprar brinquedos com partes pequenas e mantenha objetos pequenos da casa fora do alcance das crianças.
• Siga a recomendação da embalagem dos brinquedos, com relação à idade ideal para aquisição.

Edição: Roberth Costa
Guilherme Gurgel[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Escreve com foco nas editorias de Cidades e Variedades no BHAZ.

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