Um casal homoafetivo, proprietário de um salão de beleza em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, denuncia ter sido agredido por um vizinho na noite da última quarta-feira (25).
De acordo com o boletim de ocorrência, a briga começou por volta das 21h. O casal afirma que foi espancado por dois vizinhos, pai e filho, que estavam insatisfeitos com a reforma do estabelecimento.
Na ocasião, um dos vizinhos chegou alterado no local, incomodado com o barulho provocado pela obra. Na sequência, ele teria xingado o pedreiro. Foi nesse momento que Leone Henrique da Rocha, de 26 anos, e seu companheiro, Victor Frederico Chagas Cruz Melo, de 28 anos partiram em defesa do pedreiro e sofreram agressões físicas e verbais.
Em suas redes sociais, Leone denunciou os ataques homofóbicos. Segundo ele, o homem o teria agredido com socos e chutes.
“É, gente, nós estamos aqui em obra, resolvendo tudo. Acabamos de sofrer homofobia pelo vizinho. Estamos aqui nós dois. É muita prova que a gente passa, vocês acham que não. Vocês acham que é tudo maravilhoso o que a gente passa, mas olha isso aqui, a pessoa vir empurrar você, chamar de veado”, disse.
“Ninguém nunca que bateu antes. Estou sem chão”, desabafou.
Por meio de nota, a Polícia Civil informou que ouviu todos os envolvidos e investiga o caso.
Outra versão
Em depoimento, o vizinho apontado pelo casal como o agressor disse que ele foi agredido por Leone e Victor. O homem de 48 anos afirmou que foi até o salão conversar sobre o barulho da obra e que o pedreiro disse que continuaria os trabalhos até de madrugada. Ele também disse que a obra estaria danificando a cerâmica de sua casa.
O homem afirma que chegou a falar com Victor sobre a situação, mas que ele estaria alterado. Em sua versão, Leone o teria xingado e agredido com chutes e socos pelo corpo. Seu filho teria tentado intervir, mas também foi agredido.
Nota da Polícia Civil na íntegra
Sobre a ocorrência de lesão corporal registrada na última quarta-feira (25/01) em Contagem, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que os quatros suspeitos, de 21, 26, 28 e 48 anos, foram ouvidos por meio da Central Estadual do Plantão Digital e, em seguida, liberados. A investigação encontra-se em andamento para apurar as circunstâncias dos fatos.
