A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) está investigando o perfil “Choquei” por suspeita de induzir ao suicídio a mineira Jéssica Canedo. A jovem, de 22 anos, foi vítima de desinformação sobre um suposto relacionamento com o comediante Whindersson Nunes.
A informação, revelada pelo portal O Globo, ainda aponta que o delegado responsável pelo caso, Felipe Monteiro, solicitou a quebra de sigilo das páginas do perfil nas redes sociais.
“Para dar prosseguimento à investigação, que avalia o crime doloso de indução ao suicídio, estamos aguardando a aprovação do pedido de quebra de sigilo das contas das contas do veículo nas redes sociais. Também estamos avaliando quem serão as próximas pessoas interrogadas”, afirmou.
De acordo com a Polícia Civil, o responsável pelo “Choquei”, prestou depoimento por videoconferência nessa quinta-feira (28). A página de conteúdo soma mais de 21 milhões de seguidores nas redes sociais.
Relembre o caso
No último dia 18, supostas conversas entre Whindersson Nunes e Jéssica Canedo mostravam uma relação entre os dois. Tanto o comediante, quanto a jovem se pronunciaram, na internet, dizendo que os prints eram falsos.
A mineira enfrentava um quadro de depressão e passou a receber ataques nas redes sociais depois que páginas divulgaram as conversas falsas. A mãe dela divulgou um vídeo em que diz que a filha cometeu suicídio em decorrência dos ataques online.
Em seguida, a Polícia Civil abriu um inquérito policial para apurar se a vítima foi instigada, induzida ou auxiliada a cometer autoextermínio. “Desde o dia da morte iniciamos diligências investigativas, primeiramente com o exame de corpo de delito”, informou o delegado.
Após a repercussão, o próprio Whindersson Nunes comentou sobre o caso. Ele disse que foi pego de surpresa ao descobrir que Jéssica corria risco de vida.
Também relatou que iria gravar um comunicado para pedir que a jovem não sofresse ataques nas redes sociais. No entanto, não conseguiu a tempo, já que ficou abalado com a situação.
Em outro momento do vídeo, Whindersson deixou uma mensagem de pêsames para a mãe de Jéssica e pediu a criação de uma lei com o nome da jovem. Segundo ele, a lei evitaria que outras pessoas sejam vítimas de ataques e postagens enganosas na internet.