Covid: Zema lamenta um milhão de casos e defende ‘tratamento precoce’

romeu zema
Governador também comentou sobre vacinação e período mais sombrio da pandemia até então (Gil Leonardi/Imprensa MG)

Um ano após a chegada da Covid-19, Minas Gerais alcançou a marca de um milhão de infectados pela doença. O índice foi registrado nessa quinta-feira (18), em meio ao colapso da rede de saúde do estado, e o governador Romeu Zema (Novo), além de se solidarizar com todos os mineiros que lutam contra a doença, aproveitou para fazer um apelo. No mesmo dia, o mandatário também defendeu o “tratamento precoce” – sem eficácia cientificamente comprovada – e afirmou que, se não fossem os medicamentos, a situação estaria ainda pior.

“Hoje, Minas Gerais atingiu um milhão de casos de Covid, o que demonstra que essa doença está se propagando cada vez com mais rapidez. Eu me solidarizo aqui com todos aqueles que perderam algum ente querido ou algum amigo”, disse o governador, que também se lembrou de todos que já precisaram lutar contra o vírus em um hospital. Além dos mais de um milhão de casos, outros 79 mil estão em acompanhamento e mais de 21 mil pessoas já perderam as vidas para a doença no estado, conforme o último levantamento da SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais), divulgado nessa quinta.

Diante da situação alarmante observada diariamente e comprovada nos números, Zema aproveitou para fazer um apelo. “Estamos vivendo um momento em que o sistema de saúde não consegue mais atender adequadamente aqueles que o procuram devido à grande quantidade de números. É necessário todos nós fazermos a nossa cota de contribuição para esta causa que visa, acima de tudo, salvar vidas”, disse.

‘Tratamento precoce’

No mesmo dia, Zema saiu em defesa dos medicamentos conhecidos como parte de um “tratamento precoce” para a Covid-19 – sem eficácia comprovada e cujo uso é desencorajado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e por autoridades de saúde globais justamente pelos efeitos colaterais. “Se não fosse o tratamento precoce, o colapso já teria acontecido”, defendeu o governador, em entrevista a Leda Nagle.

Zema admitiu a falta de comprovação de que os remédios de fato funcionem, mas argumentou que eles foram importantes para diminuir os casos de internações. “Ele [tratamento precoce] não pode ser imposto, forçado pelo estado. Porque muitos deles ainda não têm uma comprovação científica que dê conforto para o gestor da Secretaria de Saúde ou do Ministério da Saúde”, explicou.

Mesmo assim, ele insistiu que os resultados foram positivos em Minas Gerais, especialmente entre abril e agosto de 2020. Nós tivemos uma melhoria muito grande no que diz respeito ao tempo que as pessoas ficavam internadas exatamente por causa do tratamento precoce”, pontuou Zema. Na entrevista, ele também falou sobre única fórmula com eficácia contra a Covid-19 cientificamente comprovada até então: a vacina.

“Estou otimista, porque, com a vacina chegando, esses casos tendem a reduzir. Eu espero que no mês de maio nós já vamos ver o sol brilhando”, disse o governador, que ainda alertou que há um caminho árduo pela frente: “Vamos ter um mês de abril ainda complicado”. Zema também lamentou a lentidão da distribuição do imunizante pelo Ministério da Saúde e defendeu a necessidade de colocar todo o estado em um estágio mais rígido de restrições para evitar tragédias ainda maiores.

Edição: Thiago Ricci
Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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