Um garoto de apenas cinco anos realizou o sonho de entrar em uma viatura da Polícia Civil e de conversar com agentes da corporação. O pequeno Miguel caracterizou-se de policial e sentou-se na porta de casa, em Inhapim, no Vale do Rio Doce, esperando que uma viatura da Polícia Civil passasse pela rua. A mãe tinha comprado a roupa no dia anterior, mas eles moram em uma área mais afastada da cidade e não sabiam se o encontro seria possível. Mesmo assim, por coincidência, uma passou naquele dia e os policiais avistaram a criança.
“Estava eu e um amigo investigador, a gente estava cumprindo uma ordem de serviço, e passamos próximo à casa. Nós vimos ele sentado perto da porta de casa, todo caracterizado de policial, e resolvemos parar”, conta o policial civil, investigador Agripa Anacleto de Sá, que estava na viatura junto com o investigador Gledson Avelar Oliveira.
Miguel já estava há horas na porta, entristecido, mas ainda na esperança de ver o veículo. “Ele ficou todo empolgado. Perguntamos para ele ‘o que você está arrumando?’ e ele disse que estava esperando a viatura passar. Nisso a mãe dele veio: ‘Nossa, graças a Deus que vocês vieram, porque ele estava triste, porque até agora não tinha aparecido uma viatura’”.
Anacleto explica que o fluxo de viaturas não é comum na região. “É um local mais afastado do Centro, e não tem assim viatura passando constantemente. Na hora, a gente estava vindo da zona rural, passamos e vimos”.
Sem palavras
“Ele ficou tão feliz que nem falava”, continua o investigador. “Nós paramos, conversamos com ele, colocamos ele na viatura, ligamos a sirene, ele ficou todo empolgado. Após um tempo sem palavras, Miguel conseguiu contar aos policias o seu sonho de seguir a mesma profissão que eles. “Depois até falou ‘quando eu crescer, eu quero ser policial também’”.
Anacleto relata a própria satisfação ao ver a admiração da criança. “A mãe falou: ‘Ganhamos nosso dia hoje’. Eu falei: Quem ganhamos fomos nós. Ter esse privilégio de ver uma criança caracterizada. Nos dias de hoje, onde a polícia, às vezes, é malvista por algumas pessoas. Felizmente tem esse lado”, finaliza o policial.
O caso ocorreu no dia 7 de maio, mas tornou-se público ontem (23) depois de uma postagem na rede social da Polícia Civil de Minas Gerais. “Se você consegue sonhar, você consegue realizar”, diz a publicação.
