Polícia Civil dá dicas para evitar golpes na horas das compras de Black Friday

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Confira dicas para evitar golpes durante compras da Black Friday (Agência Brasil/Marcello Casal Jr)

Com a Black Friday aproximando, a Polícia Civil orienta que os consumidores tenham cautela para evitar prejuízos e não cair em golpes. A titular da Delegacia Especializada em Defesa do Consumidor, Elyenni Célida alerta para a importância de acompanhar os preços e buscar sites seguros.

Segundo a delegada, os registros mais recorrentes na delegacia especializada são as compras em sites e perfis de rede social falsos. A aquisição de produtos falsificados também está na lista das principais denúncias. Para melhor aproveitar o período de Black Friday, a Polícia Civil dá dicas.

De acordo com a titular da delegacia, antes de qualquer compra é preciso pesquisar e refletir sobre a necessidade dela. Transações por impulso tornaram o consumidor mais vulnerável a golpes.

“Na pressa de adquirir um produto ou serviço, o usuário acaba se esquecendo de conferir o valor, que pode aparecer sem o desconto aplicado”, diz Elyenni. Desde o início do processo de compra, o consumidor deve ficar atento aos detalhes, como valor total, parcelas, juros e entrega.

Outro ponto importante a se observar é se está incluído no valor, de forma oculta, algum tipo de seguro ou garantia estendida não autorizada pelo comprador. Uma terceira dica é pesquisar os preços dos itens com antecedência para saber se houve a prática do “tudo pela metade do dobro”.

Casos em que produtos são divulgados com preços muito abaixo do praticado no mercado também requerem atenção, pois são um forte indício de fraude.

Compras pela internet

O ambiente digital pode esconder armadilhas até para os usuários mais experientes. “No Brasil, estima-se que a cada sete ou oito segundos ocorra uma fraude por meio de compras virtuais”, afirma a delegada, com base em um levantamento feito pela Serasa Experian.

Por isso, o ideal é optar por sites conhecidos e pesquisar a reputação das empresas por meio do site do Consumidor, disponível neste link. O Procon também tem uma lista de endereços eletrônicos que devem ser evitados (acesse aqui).

A Polícia Civil também reforça os cuidados com sites estrangeiros e ofertas encaminhadas pelas redes sociais ou e-mail, mesmo aquelas enviadas por pessoas conhecidas. Nesses casos, a orientação é de que o consumidor compre diretamente no site da empresa, digitando o endereço no navegador.

“Muitos criminosos aproveitam a Black Friday para enviar e-mails ou mensagens para usuários relatando a confirmação de uma compra ou relatando um problema com um produto. Trata-se de uma tentativa de phishing, ou seja, de induzir as vítimas a clicar em links fraudulentos”, explica Elyenni.

É importante, também, que o consumidor atualize o antivírus do dispositivo em que será efetuada a compra e que escolha uma rede confiável, portanto, evite redes públicas. Para verificar a segurança do site, a orientação é conferir o https na URL, o cadeado na barra de navegação e a inscrição “Site Seguro”.

Cuidado com as formas de pagamento

O Pix e o cartão de crédito são as formas mais seguras de efetivar o pagamento, se comparadas ao boleto bancário. Porém, os consumidores devem ficar atentos à empresas que só aceitam boletos bancários, Pix ou transferências. Todas as formas de pagamento exigem precauções:

  • Pix: conferir dados do recebedor e redobrar os cuidados quando o beneficiário é pessoa física;
  • Boleto bancário: conferir todos os dados, como nome da empresa, data, CNPJ, entre outros;
  • Cartão de crédito: optar pelo cartão virtual único (oferecido pela maioria das instituições financeiras por meio de aplicativo), nunca entregar ou enviar fotos do cartão e não salvar dados de cartão para compras futuras;
  • Cartão por aproximação: qualquer pessoa que tiver acesso realiza compras facilmente, por isso, atenção redobrada.

O que fazer quando cair no golpe

O consumidor deve denunciar o crime, seja em uma delegacia, seja por meio de Delegacia Virtual, em caso de estelionato. Para isso, é fundamental que o denunciante reúna todas os registros de interação com os golpistas para auxiliar nas investigações.

“Salve todas as informações relativas à compra, desde o anúncio do desconto até a nota fiscal”, orienta a delegada. Em relação ao registro de ocorrência na Delegacia Virtual, o sistema gera uma mensagem ao usuário, por e-mail, informando o número do Reds (Registro de Evento de Defesa Social”, bem como a forma de acessá-lo para impressão.

“O documento pode ser usado para fins de acionamento da seguradora, comprovação de extravio de documentos e outros fins. O registro on-line tem o mesmo valor legal do procedimento realizado de forma presencial”, diz Elyenni.

Por fim, a delegada alerta que, para dar prosseguimento às investigações, é necessário que o denunciante faça o pedido de representação. “É importante procurar a delegacia mais próxima da residência para representar, ou seja, informar às autoridades que deseja dar início às investigações”, orienta.

Cartilha da Polícia Civil

A Polícia Civil possui uma cartilha com os principais golpes cometidos atualmente, além de uma cartilha com informações sobre direitos do consumidor. Os documentos com essas informações estão disponíveis no site da PCMG.

Agência Minas

Edição: Lucas Negrisoli
Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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