O domingo foi de muita emoção para uma família de Montes Claros, no Norte de Minas. É que eles celebraram os 100 anos de dona Maria Dias. Uma carreata homenageou a “mulher de fé”, como bisneto a define, mesmo com a pandemia do novo coronavírus.
O BHAZ conversou com familiares de dona Maria que contaram detalhes da surpresa preparada para a matriarca. “A gente estava planejando uma festa boa, grande, porque a família é enorme. Veio este problema [pandemia] e tivemos que repensar a homenagem”, conta Denise Barbosa, uma das 14 filhas de Maria.
Para não deixarem a data passar em branco, a família montou uma carreata. “Pensamos nisso para alegrar a mamãe. Foi muito bonito e emocionante. Cem anos é tempo demais”.
A emoção em ver tantas pessoas queridas reunidas ficou claro em dona Maria, conforme conta Denise. “Mamãe começou a chorar e a tremer. As netas até ficaram preocupadas. Mas era o choro da alegria”, diz também emocionada.
‘Mulher de fé’
A família de dona Maria é “enorme”, como disse Denise. A senhora centenária tem 14 filhos, 37 netos, 50 bisnetos e dois tataranetos. Luís Thiago Barbosa é um dos bisnetos e compartilha o sentimento de ver a bisa completar os 100 anos.
“É uma dupla realização. Primeiro por contemplar uma pessoa vivendo de forma tão bela e segundo por vê-la com toda força e lucidez. É bonito demais de ver”, conta.
A união da família para proporcionar este momento à dona Maria, também merece destaque, segundo Luís. “Todos nós nos propusemos a montar uma estratégia perfeita para a bisa se sentir abraçada quando os carros passassem. Ver a emoção dela foi a prova de que o nosso objetivo foi alcançado”.
Uma projeção mostrava diversas fotos de Maria com a família e, em determinado momento, ela pegou o microfone e mandou um recado. “Do jeitinho dela, ela falou assim: ‘Obrigado pessoal por vocês estarem aqui neste dia bonito. Agradeço cada um que fez esta festa'”, relembra o bisneto.
Conviver com uma pessoa que alcançou os 100 anos é um privilégio para poucos e traz diversos aprendizados, mas um Luís guarda com muito carinho.
“O maior aprendizado da bisa que trago para a minha vida é a fé. Em nenhum momento da caminhada ela deixou de fazer os momentos devocionais. Ela sempre agradece ao Senhor. A bisa é uma mulher de fé”, conclui.