A Polícia Civil de Minas Gerais realizou uma coletiva de imprensa, no fim da tarde dessa terça-feira (23), para explicar detalhes do caso que envolve a morte de uma grávida e o rapto de um bebê em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A jovem, de 19 anos, teve o filho arrancado da barriga após desaparecer na semana passada. O corpo dela foi encontrado em uma represa de Ituiutaba, sem a criança, no domingo (21).
De acordo com a corporação, quatro pessoas foram presas por envolvimento no caso. Uma mulher, de 30 anos, e outra, de 60, são apontadas respectivamente como mandante do crime e como responsável por retirar o bebê à força da barriga da jovem. Duas travestis, uma de 22 e outra 24 anos também participaram da ação. Todas elas foram detidas em flagrante, nessa segunda-feira (22), pelos crimes de homicídio duplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver, além de subtração de incapaz.
Segundo as investigações, a grávida foi sequestrada na cidade de Uberlândia pelos suspeitos, que a levaram para o município de Ituiutaba, onde próximo a uma represa foi dopada com a utilização de éter e submetida pela mulher de 60 anos, uma enfermeira, a uma cirurgia improvisada de cesariana. Em seguida, a vítima foi envolvida em uma tela, amarrada a uma pedra e jogada na água.
O bebê foi retirado da mãe por que a mandante do crime simulava estar grávida de um empresário de Uberlândia, dono de uma concessionária. A mulher, de 30 anos, tinha como objetivo usar a criança para manter o relacionamento que havia começado com o homem. Para convencer a enfermeira e os dois amigos a ajudá-la, ela teria prometido dinheiro e roupas ao grupo.
O recém-nascido foi transportado até Uberlândia, sendo localizado por policiais civis na residência de um dos suspeitos e imediatamente levado ao Hospital de Clínicas da Universidade Federal da cidade. Quando deixar a unidade de saúde, ele vai ficar sob responsabilidade de familiares da mãe.