Família dona da Saritur e outras empresas de transporte são alvos de operação da PF em Minas

saritur
A PF apreendeu bebidas caras na operação Ponto Final (Reprodução/Divulgação PF)

Uma ação conjunta da Polícia Federal e da Receita Federal, na manhã desta terça-feira, mira a família dona da empresa Saritur e outras empresas que exploram o serviço de transporte público em Minas Gerais. A “Operação Ponto Final”, contra fraude na Previdência Social, cumpre 22 mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte, Brumadinho, Nova Lima, Sabará e em Montes Claros.

Segundo a PF, empresários da mesma família se alternavam nos quadros societários das empresas e criavam outras companhias para burlar o sistema previdenciário e não pagar os impostos. O golpe pode superar o valor de R$ 735 milhões. Em nota, a defesa da Saritur admitiu que houve inadimplência, mas negou qualquer fraude em impostos.

A investigação aponta também que os empresários descontavam o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de trabalhadores, mas não repassavam aos cofres públicos.

As penas somadas para os crimes investigados podem chegar a 18 anos de prisão.

O caso das vacinas falsas contra a Covid-19

Em março de 2021, em meio ao furacão da pandemia, os irmãos Robson e Rômulo Lessa, donos da Saritur, admitiram em depoimento que tentaram comprar imunizantes contra a Covid-19, de venda proibida na época.

Eles são apontados como os organizadores de uma tentativa de vacinação irregular em uma garagem de ônibus da família. No entanto, os empresários também sofreram um golpe e as supostas vacinas eram apenas soro fisiológico. A investigação desse caso também ficou a cargo da PF.

Posicionamento da Saritur

O escritório que defende a Saritur se posicionou sobre a “Operação Ponto Final”. A entidade afirma que “não há, e nunca houve, qualquer fraude contra a Previdência Social ou a Ordem Tributária Nacional” e que “os impostos e contribuições devidos sempre foram fielmente declarados à Receita Federal”.

Ainda, em nota, a defesa diz que a inadimplência de pagamento “decorrente da crise financeira gerada em todo o setor econômico de transporte de passageiros (iniciada em 2013 e agravada pela pandemia de COVID-19, até recentemente) – já foi apurada, declarada e transacionada com a Receita Federal” e que os pagamentos estão “rigorosamente em dia”.

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