O Governo de Minas anunciou hoje (2) a escala de pagamento do salário dos servidores estaduais referente ao mês de agosto. As áreas de Saúde e Segurança, que atuam na linha de frente do combate à covid-19, receberão o salário integral no dia 11 deste mês de setembro. Na mesma data, será depositada a primeira parcela, no valor de R$ 2 mil, das demais categorias do funcionalismo.
O pagamento da segunda parcela será realizado no dia 22 de setembro. Os recursos para quitação dos salários são oriundos do repasse emergencial da União a estados e municípios, para compensar as perdas de arrecadação e os gastos extras decorrentes da pandemia do coronavírus.
Recursos insuficientes
Apesar de estar pagando os servidores com os recursos vindos da União, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, já afirmou que o repasse é “insuficiente”. “Nós estamos encaminhando duas reformas estruturais para a ALMG: a da previdência e o novo estatuto do servidor. São mudanças essenciais para equilibrar as contas de Minas. Caso contrário, seguiremos sendo um Estado inviável”, afirmou ainda no final de maio.
A PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 55/2020, referente à reforma da previdência dos servidores de Minas Gerais já foi aprovada em primeiro turno pela ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais), nesta terça-feira (1º). Apesar do governador afirmar que essa medida é essencial para manter as contas do estado, os servidores protestam contra a reforma e apontam falta de diálogo do Governo.
“O projeto todo é ruim e a questão é que ele precisa ser debatido. As alíquotas não podem nos penalizar. O governo continua protegendo quem ganha mais e insiste em penalizar as mulheres com as mudanças das idades para aposentadoria”, disse ao BHAZ, Ronaldo Machado, diretor do Sind Públicos-MG (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Minas Gerais).