O Governo de Minas Gerais está estudando a possibilidade de tornar as aulas presenciais obrigatórias novamente, conforme revelou o secretário estadual de Saúde Fábio Bacheretti. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (14), o secretário disse que a pasta discute, também, a retirada do distanciamento mínimo de 90 centímetros entre os alunos.
“Há chance, sim [do ensino presencial obrigatório]. É o próximo ponto, estamos discutindo agora o distanciamento. Hoje as aulas não têm limite de alunos, a limitação se dá pelo distanciamento”, afirmou Fábio.
O médico acrescentou: “O nosso grupo técnico vem discutindo semanalmentem com esse novo cenário que vem melhorando semanalmente, e a gente consiga retirar o distanciamento de 90 cm e permitir o retorno integral de todo aluno à sala de aula de forma obrigatória”.
Estudantes com comorbidades
Bacheretti disse que podem haver ressalvas para os estudantes com comorbidades, que podem ficar expostos com o retorno totalmente presencial. “Existem algumas ponderações, que são os alunos imunossuprimidos, com doenças crônicas, que talvez o risco neste momento seja maior ao retorno da aula”, pontuou.
“Conversei hoje com a secretária de Educação e a ideia é que a gente consiga sim, de forma segura, voltar com todas as atividades presenciais nas escolas de Minas”, assegurou o secretário de Saúde. Ele ainda confirmou a autorização do Governo de Minas para que 100% dos alunos retornem às salas de aula.
Desenvolvimento e socialização dos alunos
O secretário explicou que essa flexibilização se dá pela redução dos indicadores da pandemia de Covid-19 em Minas, e adesão das escolas públicas e privadas às diretrizes do programa Minas Consciente. Atualmente, a presença dos alunos nas escolas estaduais é opcional.
“Tivemos poucos surtos nas escolas, todos acompanhados. E o benefício do retorno escolar é o desenvolvimento e socialização das crianças e adolescentes” apontou Fábio Becheretti. O médico acrescentou sobre o distanciamento entre os estudantes: “Vamos dar um passo de cada vez”.
Confira entrevista coletiva completa: