Uma jovem de 25 anos foi assassinada na noite dessa terça-feira (16) pelo próprio namorado, inconformado com o fim do relacionamento. O autor, segundo a Polícia Militar, ainda esfaqueou a própria irmã, que estava na residência, palco do crime, no momento do homicídio. O caso ocorreu em Igaratinga, pequena cidade com cerca de 10 mil habitantes próxima a Divinópolis e Pará de Minas, no Centro-Oeste mineiro. A vítima deixa uma filha.
Pauliana Ferreira da Silva estava em casa com uma amiga, de 24 anos, com quem dividia a moradia, quando o namorado chegou à residência por volta das 21h. Os três começaram a conversar na sala do imóvel e, pouco depois, a irmã do rapaz, de 32 anos, também se juntou ao trio. A conversa transcorria normalmente, conforme a amiga da vítima informou à PM, quando Pauliana, o namorado e a irmã dele foram à varanda.
Bruscamente, a conversa evoluiu para uma discussão e, quando a amiga ouviu chamados de socorro, flagrou o homem esfaqueando Pauliana. O homem ainda feriu a própria irmã antes de fugir. A PM foi acionada na sequência e, quando chegou ao local, encontrou Pauliana caída na cozinha, muito ensanguentada e com respiração fraca.
Os militares levaram a vítima a uma unidade de saúde na cidade, mas a morte foi constatada pouco depois da entrada. Pauliana levou oito facadas, segundo a PM. Já a irmã do autor foi internada com um corte profundo no pescoço, mas não corria risco de morrer, sempre conforme informações dos militares.
Término
A amiga de Pauliana contou aos policiais que a vítima tinha chamado o namorado justamente para terminar o relacionamento. O homem já teria a ameaçado outras vezes, usando, inclusive, a mesma faca que foi utilizada no crime.
Os militares receberam uma informação de que o autor do crime estava em uma zona rural da cidade, por volta das 21h45, a cerca de 20km do palco do assassinato. A PM, então, realizou uma operação e conseguiu prender o homem, que tinha fugido em uma moto.
Denúncia
Especialistas ouvidas pelo BHAZ são unânimes ao afirmar que é essencial que a mulher procure ajuda quando sofre algum tipo de violência. Na capital mineira, além da Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher, existem ao menos outras três instituições que atendem esse público: Nudem (Núcleo de Defesa da Mulher), da Defensoria Pública; Casa Benvinda, da Prefeitura de Belo Horizonte; e Casa de Referência Tina Martins, do chamado terceiro setor, sem vínculo governamental (veja mais informações abaixo).
“É muito importante que a vítima procure o profissional de sua confiança: advogado ou defensoria pública, órgãos de proteção… Para que aquilo não exploda de vez. Vai sofrendo, vai sofrendo ameaça, pressão psicológica, são agredidas moral e psicologicamente dentro de casa. Vai aguentando por causa dos filhos… Na hora que algo explode, pode até mesmo ser fatal”, orienta a conselheira seccional da OAB Minas, Camila Félix, também professora de Direito Penal e advogada.
Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher: av. Barbacena, 288, Barro Preto | Telefones: 181 ou 197 ou 190
Casa de Referência Tina Martins: r. Paraíba, 641, Santa Efigênia | 3658-9221
Nudem (Núcleo de Defesa da Mulher): r. Araguari, 210, 5º Andar, Barro Preto | 2010-3171
Casa Benvinda – Centro de Apoio à Mulher: r. Hermilo Alves, 34, Santa Tereza | 3277-4380