Um homem de 40 anos foi preso por stalkear e ameaçar uma juíza mineira por meio das redes sociais, mandando mensagens com fotos da casa dela e enviando correspondências ao seu local de trabalho. A investigação foi feita na Agência de Inteligência e Informações Policiais em Unaí, na região Noroeste de Minas, e o suspeito foi preso preventivamente na cidade de Paranaguá, no Paraná.
De acordo com a Polícia Civil, o homem é investigado pela prática reiterada de crimes contra a honra, ameaças e extorsões contra a vítima, na internet. Segundo a delegada Gabriela Mol, que conduziu as investigações, o suspeito passou mais de quatro meses fazendo ameaças de aproximação física à juíza, por meio de estratégias de stalking.
“O suspeito chegou a encaminhar fotografias de lugares íntimos, como o local exato da residência da vítima e de familiares, além de correspondências ao local de trabalho. Pelas investigações, a grave ameaça foi sempre manifestada. O suspeito chegou a exigir R$ 1 milhão a título de suposta reparação de danos. Ele disse que se não pagasse pelo amor, pagaria pela dor”, conta a delegada.
Cyber Stalking
As mensagens também tinha referências bíblicas, e a conduta do suspeito foi classificada como Cyber Stalking, quando a pessoa “invade a esfera de privacidade da vítima, empregando táticas obsessivas ameaçadoras de perseguição e coação através das redes sociais, WhatsApp e Instagram. O conteúdo das mensagens, encaminhadas à vítima, é extremamente ofensivo, demonstra grau acentuado de periculosidade e inclui vertente sexual altamente pejorativa”, explica Gabriela Mol.
O homem foi ouvido pela equipe da Polícia Civil de Minas Gerais e encaminhado ao sistema prisional do Paraná, onde permanecerá preso preventivamente. Os aparelhos eletrônicos utilizados para a prática dos crimes foram apreendidos e apreensão e serão analisados. A pena para o crime de extorsão varia de 4 a 10 anos, além das penas correspondentes aos crimes de ameaça e contra a honra.
