O Inhotim, em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte, serve de palco para duas novas exposições que celebram a ancestralidade e religiosidade de povos afro-indígenas. “A noite suspensa ou o que posso aprender com o silêncio”, de Mônica Ventura, e “Mestre Didi – os iniciados no mistério não morrem”, com curadoria do Instituto e de Igor Simões, ficam abertas ao público a partir deste sábado (27).
As exposições estão na Galeria da Praça, como parte do Programa Abdias Nascimento e o Museu de Arte Negra.
A obra da artista Mônica Ventura, comissionada pelo museu de arte contemporânea, propõe um olhar para o entorno e potência local, por meio de uma instalação de grande escala. Já a obra sobre Mestre Didi apresenta um universo onde atividades artísticas, intelectuais e de liderança religiosa no Candomblé vão de encontro.
‘A noite suspensa ou o que posso aprender com o silêncio’
A exposição foi comissionada pelo instituto e ocupa o vão central da galeria. A parede, o leito e a escultura que compõem a obra foram construídas com terra e matéria-prima da região de Brumadinho. Assim, o intuito é propor um movimento poético, simbólico e físico que convide o público a desvendar camadas a partir de materialidades e simbologias sobre práticas religiosas ancestrais.
A obra de Mônica Ventura propõe também uma articulação entre o espaço arquitetônico e o jardim ao redor da Praça.
‘Mestre Didi – os iniciados no mistério não morrem’
A exposição com curadoria de Igor Simôes e da equipe curatorial do Inhotim vai exibir, temporariamente, 30 obras da coleção do Instituto Inhotim de Deoscóredes Maximiliano do Santos (1917-2013).
Segundo o próprio Inhotim, as esculturas usam fibras de dendezeiro, búzios, contas, sementes, tiras de couro e outros símbolos que remetem às tradições iorubá. Mestre Didi foi sacerdote supremo do culto aos ancestrais Egungun. Em 1980, ele fundou a Sociedade Religiosa e Cultural Ilê Asipá, em Salvador, na Bahia.
Buscando compreender as vivências da trajetória dele, indo da intelectualidade ao sagrado, a exposição propõe um diálogo com as experiências afro-diaspóricas.
A exposição também integra obras de Rubem Valentim, Ayrson Heráclito e comissionamentos do Ilê Asipá.
Horários e local do Inhotim
O Inhotim funciona de quarta a sexta-feira, das 9h30 às 16h30; sábado, domingo e feriados das 9h30 às 17h30. É necessário comprar o ingresso antecipadamente, na bilheteria online oficial ou na bilheteria do parque, na recepção.
- Meia: 1 dia – R$ 25; 2 dias – R$ 44; 3 dias – R$ 60
- Inteira: 1 dia – R$ 50; 2 dias – R$ 88; 3 dias – R$ 120.
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