Iniciativa da Polícia Federal busca regularizar migração de indígenas Warao em BH

indígenas warao
Polícia Federal e outras entidades atuam para garantir direitos constitucionais ao grupo (Reprodução/Polícia Federal)

Indivíduos da população indígena Warao estão sendo atendidos pela Unidade de Registro de Estrangeiros da Polícia Federal de Minas Gerais desde ontem (21) e até esta terça-feira (22). A iniciativa busca regularizar a condição migratória do grupo e é uma parceria entre a Polícia Federal, a Defensoria Pública do estado, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, a Caritas-MG e o Serviço de Proteção em Situação de Calamidade Pública e Emergencial.

Os 70 indígenas venezuelanos – dentre os quais 25 são menores de idade – estão abrigados na Vila Pinho, na região do Barreiro, em Belo Horizonte. Os órgãos participantes ficaram encarregados de fazer uma análise preliminar, além de organizar os documentos necessários e criar os cadastros para acessar o Sisconare (Sistema do Comitê Nacional para os Refugiados). Mais que isso, essas entidades atuaram fornecendo a logística para o deslocamento das famílias até a sede da unidade de registro.

Já em relação aos principais papéis da Polícia Federal na ação, está o reconhecimento da condição de refugiado desse grupo, além de renovar os protocolos de pedido de refúgio feitos anteriormente.

70 indivíduos estão sendo atendidos, entre ontem e hoje (Polícia Federal/Divulgação)

Iniciativa regulariza condição migratória

Na sequência dos trâmites iniciais, os processos serão encaminhados ao Conare (Comitê Nacional para os Refugiados), que fará a análise e deliberação, e também à Divisão de Registro Migratórios em Brasília, para confeção dos documentos provisórios que comprovam o registro nacional de migração.

A ação da PF visa ao atendimento exclusivo do grupo em virtude de sua vulnerabilidade social. Garantindo todas as adequações necessárias, a população Warao em questão passará a ter condição migratória regular. O resultado será direito ao acesso aos serviços públicos, bem como o exercício dos direitos previstos na legislação brasileira.

Atendimentos permitirão regularizar a migração do povo indígena Warao (Polícia Federal/Divulgação)


Edição: Roberth Costa
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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