O Governo de Minas recomenda que os municípios do estado determinem o fim da obrigatoriedade do uso de máscara em lugares abertos a partir deste sábado (12). A informação foi divulgada pelo secretário de Saúde, Fábio Baccheretti, nesta quinta-feira (10). A pasta ainda estabeleceu critérios para que, futuramente, municípios desobriguem esse uso até em locais fechados.
De acordo com o secretário, a curva dos casos de Covid-19 em Minas Gerais está em queda e os indicadores já mostram que a dispensa do uso de máscara ao ar livre é segura. Ele ainda reforça que, apesar da recomendação, cada cidade tem autonomia para tomar as próprias decisões.
Baccheretti afirma que a decisão foi tomada pela equipe técnica da SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais) após análise de alguns critérios: uma projeção de quedas de casos de Covid-19, os mais de 6 meses em que todo o estado está na onda verde do Minas Consciente, e a taxa acima de 80% de vacinação com duas doses.
“A máscara pode se tornar facultativa, mas eu mesmo continuo usando máscara em lugares abertos em BH. É importante que ninguém se sinta constrangido por continuar usando máscara. Quem quiser continuar, faça, porque ela é muito importante”, completou o secretário.
Lugares fechados
A SES-MG também estabeleceu critérios para que os municípios considerem desobrigar o uso de máscaras até em lugares fechados. Segundo Baccheretti, a recomendação é de que essa dispensa só seja concretizada com base em dois critérios:
- se o município tiver pelo menos 80% da população com as duas doses da vacina contra Covid-19; e
- se pelo menos 70% da população acima de 18 anos do município tiver recebido a dose de reforço
De acordo com o secretário, hoje, algumas cidades já têm cerca de 65% da população acima de 18 anos vacinada com a dose de reforço, mas em outros municípios a taxa é menor, não chegando a 45%.
Perspectivas
Fábio Baccheretti também mencionou que a projeção feita pela SES-MG no início do ano se concretizou: o estado registrou um pico de casos de Covid-19 próximo ao dia 1° de fevereiro, e depois a curva entrou em queda.
“A expectativa é de que, em duas semanas, alcancemos o menor patamar de casos desde o início da pandemia, que o vírus circule muito pouco. Os casos estão caindo, mas o vírus ainda circula”, declarou.
Ao agradecer os profissionais da saúde pelo trabalho árduo nos últimos dois anos, o secretário afirmou: “esta é uma virada de página muito importante, estamos fechando um ciclo. Continuamos respeitando o vírus, acompanhando e agindo, mas o que vivemos antes não deve voltar a acontecer”.
