Em breve, as crianças e os adolescentes de Minas Gerais poderão se vacinar contra a Covid-19 com a Coronavac, além da vacina da Pfizer. O governador Romeu Zema (Novo) confirmou que doses já estocadas do imunizante serão aplicadas no público de 6 a 17 anos.
A vacinação de crianças com a Coronavac foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) nessa quinta-feira (20). Já nessa sexta (21), o Ministério da Saúde anunciou a inclusão do imunizante para crianças e adolescentes de 6 a 17 anos pelo Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19.
De acordo com o governador de Minas Gerais, o estado tem 400 mil doses do imunizante do Butantan estocadas e o montante será usado na vacinação infantil, já que a Coronavac aprovada para utilização nas crianças é a mesma da imunização de adultos, sem nenhum tipo de adaptação para uma versão pediátrica.
Em anúncio feito no Twitter, Romeu Zema ainda deixou um apelo. “Por favor, vacine”, escreveu o mandatário.
Com a aprovação da Anvisa sobre o uso da Coronavac para crianças, vamos utilizar as 400 mil doses que Minas tem estocadas para vacinação do público de 6 a 17 anos. A maior operação de vacinação da história de Minas segue avançando! Por favor, vacine.
— Romeu Zema (@RomeuZema) January 22, 2022
O secretário Municipal de Saúde de Belo Horizonte, Jackson Machado, também confirmou que a capital mineira vai usar a Coronavac para vacinar crianças contra a Covid-19. A afirmação foi feita durante entrevista coletiva concedida nessa sexta-feira.
Questionado se a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) pretende usar o imunizante em crianças e adolescentes mesmo antes de orientação do Ministério da Saúde, o secretário respondeu: “Se a gente tivesse Coronavac, sim, mas não temos. Tem que vir do Ministério”.
Sobre as doses já estocadas pelo Governo de Minas, Jackson Machado comentou: “Se eles nos mandarem, podemos vacinar, já tem uma aprovação da Anvisa”.
Coronavac para crianças
Um dia após a aprovação do uso da Coronavac na vacinação de crianças, o Ministério da Saúde anunciou a inclusão dela no plano nacional de imunização. A pasta abriu negociações com o Instituto Butantan, responsável pela produção da vacina, para a aquisição de doses.
Nessa sexta-feira, o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz, informou que a pasta oficiou o Butantan para saber qual o quantitativo disponível para uma possível compra. A instituição de pesquisa respondeu com a disponibilidade de sete milhões de doses.
No entanto, um contrato de compra ainda depende de um levantamento dos estados. Cruz declarou que o Ministério da Saúde vai sondar os estados, pois ainda há em estoques da pasta seis milhões de doses, além de outros três milhões em estoques de diferentes estados.
“A gente vai provocar os estados para que eles nos informem se querem receber Coronavac ou Pfizer e quanto tem na rede estadual e municipal para que façamos distribuição mais equânime”, disse o secretário-executivo. Segundo ele, o processo deve ser concluído na próxima semana, a depender do levantamento dos estados.
Em nota, o Instituto Butantan informou que pode ampliar a produção para além dos sete milhões, caso haja interesse por parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
6 milhões de doses
Ainda ontem, o Ministério da Saúde informou que vai distribuir as seis milhões de doses já disponíveis da Coronavac, com foco na vacinação infantil. Outros três milhões de doses já estão nos estoques das secretarias estaduais de Saúde.
De acordo com Rodrigo Cruz, agora a meta é vacinar pelo menos 10% do público de 6 a 17 anos em cada estado.
Ao menos 12 estados já pediram esse envio emergencial de doses: Acre, Amapá, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins. A distribuição dessas doses começa a partir desta segunda-feira (24).
Com Agência Brasil
