A mineira de 22 anos, presa na Tailândia desde fevereiro, foi condenada a cumprir uma pena de nove anos e seis meses de prisão nesta quinta-feira (12). Mary Hellen Coelho Silva, natural de Pouso Alegre, no Sul de Minas, foi detida com outros dois brasileiros ao tentar entrar no país com 15,5 quilos de cocaína.
Segundo a defesa de Mary Hellen, dois anos correspondem a pena civil e sete anos e meio a pena criminal. Ao BHAZ, a advogada Talita Franco conta que, com a condenação, se tornou possível vislumbrar o retorno de Mary Hellen ao Brasil.
“Essa pena ficou dentro do que a gente esperava ser cabível e adequado para a situação dela. Inclusive, foi uma o pena compatível com cumprimento no Brasil, então se tornou ainda mais possível ainda a questão da extradição”, explicou.
Novo contato com a família
Recentemente, Mary Hellen conseguiu fazer uma vídeo-chamada com a família, oportunidade em que recebeu a notícia do falecimento da mãe, Thelma Coelho Silva, em decorrência de um câncer. Na ocasião, a jovem disse estar sendo bem tratada.
“Parece que lá eles são muito bem tratados. Apesar de a lei ser rigorosa, eles tem condições de higiene dentro da cela, ela tá sendo bem assistida ao que tudo indica. Agora a gente precisa aguardar os procedimentos legais para fazer o pedido de extradição”, acrescentou a advogada.
Suspeita de aliciar brasileiros é presa
Na semana passada, a Polícia Federal (PF) prendeu uma mulher suspeita de ser a aliciadora dos brasileiros presos na Tailândia por tráfico internacional de drogas. O mandato de prisão foi cumprido em Curitiba (PR) e faz parte da operação ONG BAK (veja aqui).
Entre os presos na Ásia estão dois homens e uma mulher, a mineira Mary Hellen Coelho, 22, da cidade Pouso Alegre, no Sul de Minas. Os três foram presos no dia 13 de fevereiro deste ano, após desembarcarem no Aeroporto Internacional de Suvarnabhumi, em Bangkok, na Tailândia. Eles tentaram entrar no país com 15,5 quilos de cocaína em suas bagagens.
A PF cumpriu dois mandatos de busca e apreensão, além da prisão preventiva da suspeita de aliciamento. A responsável pelas ordens judiciais foi a 9ª Vara da Justiça Federal em Curitiba. As medidas judiciais visam a prisão da mulher, responsável pelo aliciamento dos transportadores das drogas ilícitas e a obtenção de mais provas sobre o tráfico para o exterior. Foram autorizados a quebra de sigilo bancário e telefônico dos investigados.