Polícia Federal prende mulher suspeita de aliciar mineira detida por tráfico internacional na Tailândia

A mineira Mary Helen está entre os brasileiros aliciados
A mineira Mary Helen está entre os brasileiros aliciados (Reprodução/ slcc_maryy/Instagram)

A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta quinta-feira (5), uma mulher suspeita de ser a aliciadora dos brasileiros presos na Tailândia por tráfico internacional de drogas. O mandato de prisão foi cumprido em Curitiba (PR) e faz parte da operação ONG BAK. Entre os presos na Ásia estão dois homens e uma mulher, a mineira Mary Hellen Coelho, 22, da cidade Pouso Alegre, no Sul de Minas.

Os três foram presos no dia 13 de fevereiro deste ano, após desembarcarem no Aeroporto Internacional de Suvarnabhumi, em Bangkok, na Tailândia. Eles tentaram entrar no país com 15,5 quilos de cocaína em suas bagagens.

A PF cumpriu dois mandatos de busca e apreensão, além da prisão preventiva da suspeita de aliciamento. A responsável pelas ordens judiciais foi a 9ª Vara da Justiça Federal em Curitiba. As medidas judiciais visam a prisão da mulher, responsável pelo aliciamento dos transportadores das drogas ilícitas e a obtenção de mais provas sobre o tráfico para o exterior. Foram autorizados a quebra de sigilo bancário e telefônico dos investigados.

Investigação

As investigações, que se iniciaram logo após a prisão dos brasileiros na Tailândia, apontaram que os dois homens já haviam viajado para o exterior, antes do período da pandemia de Covid-19, em situações que denotam que estariam transportando drogas.

A Polícia Federal examina, ainda, a possibilidade de requerer à Justiça Federal a extradição dos presos na Tailândia, para que respondam pelos crimes praticados no Brasil.

Os investigados responderão pelos crimes de tráfico internacional de drogas e associação criminosa para o tráfico, cujas penas somadas podem alcançar 25 anos de reclusão.

Mãe de mineira morre

A mãe de Mary Hellen, mineira que está há dois meses detida na Tailândia, faleceu no dia 13 de abril sem antes conseguir conversar com a filha desde a prisão. Ao BHAZ, uma das advogadas de defesa conta que, desde que Mary Hellen foi presa, a família só recebeu uma carta da jovem, em que ela afirma estar bem e com saudades de casa. É que para contatá-la é preciso do intermédio do Itamaraty e do Consulado da Tailândia.

“A gente tá tentando um contato direto com ela desde que ela foi presa. Infelizmente, até agora, o único contato que tivemos foi através da carta que ela enviou. Nós já informamos o falecimento da mãe ao Itamaraty e estamos aguardando agora uma posição do Consulado, uma resposta quanto a possibilidade de a família ter o contato com a Mary Helen para dar a notícia [do falecimento]”, explica a advogada Talita Franco.

Edição: Roberth Costa
Giulia Di Napoli[email protected]

Estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

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