Mineiro que chegou à pergunta do milhão do Luciano Huck quer dar exemplo: ‘Não sou um gênio’

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O cientista mineiro Arthur Abrantes chegou até a pergunta do milhão do Domingão com o Huck, no último domingo (Reprodução/TV Globo)

A história do cientista Arthur Abrantes, natural de Paracatu, no Noroeste do estado, se tornou conhecida em todo o Brasil após ele chegar até a última pergunta do quadro “Quem Quer Ser o Milionário”, do Domingão com o Huck, no último domingo (5).

Apesar de não ter saído milionário do programa, o jovem avalia que o saldo da experiência foi mais que positivo. Ele levou para casa o prêmio final de R$ 300 mil, 200 mil novos seguidores e a oportunidade de influenciar milhares de jovens Brasil a fora a buscarem conhecimento.

“É sempre muito bom ter essa chance de falar para o Brasil inteiro. São poucas as pessoas que conseguem ter uma audiência tão grande e compartilhar a própria história. Acho que, às vezes, as pessoas não buscam as coisas por falta de ter algum modelo”, ponderou ele, em conversa com o BHAZ nesta sexta-feira (10).

Arthur disse que se preparou muito para participar do programa e que tentou ao máximo não deixar o nervosismo atrapalhar o seu desempenho. Ao chegar na pergunta do milhão, o jovem se apegou na própria fé e aceitou de coração aberto o resultado.

“Estava muito nervoso no começo, porque nos primeiros minutos você não sabe como vai ser. Mas conforme fui acertando as perguntas, fui ganhando mais confiança. Quando chegou na pergunta do milhão, eu estava muito tranquilo. Tava preparado para levar R$ 1 milhão, R$ 500 mil ou R$ 300 mil. Ter chegado até ali já foi uma vitória e, naquela hora, entreguei para Deus”, relembra.

‘Não sou um gênio’

Na questão derradeira, o mineiro precisava saber quais cidades faziam aniversário em 21 de abril. Arthur chegou a pedir ajuda para a plateia, mas seguiu a intuição e respondeu “Brasília e Barcelona”. A opção correta, contudo, era “Brasília e Roma”, alternativa mais votada pelos espectadores do jogo.

“Essa pergunta eu, pessoalmente, não iria conseguir responder. A não ser que eu ligasse para alguém ou que a plateia me desse uma resposta mais conclusiva. Muitas pessoas me julgaram porque eu não escutei a plateia, mas as respostas foram muito próximas. Não levei R$ 1 milhão para casa, mas tô muito feliz de qualquer forma”, ponderou ele.

Participar de um dos programas de maior audiência da televisão brasileira está longe de ser a maior conquista do mineiro. No ano passado, Arthur se tornou o primeiro brasileiro negro a se graduar em Harvard, onde se especializou em computação, psicologia e francês.

O caminho até a realização de sonhos grandiosos como esses, segundo Arthur, está longe da ideia de se acreditar que, vez ou outra, nascem “gênios” por aí. Para ele, o esforço e a fé em si mesmo são ingredientes cruciais, além, é claro, de ter referências em quem se inspirar.

“Existem muitas mistificações ou ideias errôneas do que você precisa para chegar até a pergunta do milhão ou para estudar fora. Acho que muita gente tem essa tendência de falar ‘ah, ele é um gênio’, ‘ele é muito inteligente’. Não me considero um gênio. Eu acho que é muito mais sobre trabalho do que sobre uma habilidade inata”, declarou.

Edição: Lucas Negrisoli
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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