Mulher é xingada de ‘macaquinha’ ao enviar fotos por engano em grupo de WhatsApp

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Vítima sofreu os ataques pelas redes sociais (FOTO ILUSTRATIVA: Reprodução/USA-Reiseblogger/Pixabay)

Uma mulher foi vítima de injúria racial após mandar fotos de produtos de sex shop, por engano, para um grupo de WhatsApp. A vítima de 38 anos foi chamada de “macaquinha” por uma jovem, 19, que faz parte do grupo em que o conteúdo foi compartilhado sem querer. A ocorrência foi registrada em Uberaba, no Triângulo Mineiro, nessa segunda-feira (29).

A vítima relatou à Polícia Militar que participa de um grupo de cuidadores de idosos no WhatsApp. Conforme registrado na ocorrência, ela enviou fotos de produtos eróticos por engano e apagou as imagens na sequência.

A mulher disse ter pedido desculpas às pessoas que participam do grupo e destacou ter cometido um ato falho. Foi então que a jovem fez comentários desaprovando as imagens enviadas e a chamou de “macacaquinha”.

‘Macaquinha’

Depois das mensagens encaminhadas no grupo, a mesma jovem enviou áudio para a vítima a chamando de “macaquinha” e “negra”. Além disso, segundo a mulher, foram recebidas outras mensagens depreciativas.

A vítima procurou a base de segurança comunitária e registrou a ocorrência. Os prints das mensagens e os áudios foram encaminhados para a Polícia Civil. O BHAZ procurou a instituição e foi informado que a denunciante procurou a Delegacia de Polícia Civil de Plantão de Uberaba.

“Os fatos estão sendo apurados para identificar eventual responsabilidade por parte da suspeita apontada pela vítima”, diz trecho da nota enviada.

Racismo x Injúria racial

A injúria racial consiste em ofender a honra de alguém valendo-se de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem. Já o racismo atinge uma coletividade indeterminada de indivíduos, discriminando toda a integralidade de uma raça. Ao contrário da injúria racial, o crime de racismo é inafiançável e imprescritível.

Nota da Polícia Civil

“A Polícia Civil informa que recebeu a denúncia da prática criminosa na noite de ontem (29/11), ocasião em que a vítima foi ouvida na Delegacia de Polícia Civil de plantão em Uberaba. Os fatos estão sendo apurados para identificar eventual responsabilidade por parte da suspeita apontada pela vítima”.

Edição: Roberth Costa
Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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