Procon faz alerta sobre ‘golpe do motoboy’ que busca cartões de crédito em casa

Cartões
A partir de 2024, os juros do rotativo do cartão de crédito terão limite de 100% ao ano (Arquivo/Agência Brasil)

Da ALMG

Com o avanço dos golpes telefônicos que fazem com que vítimas percam milhares de reais, o Procon da ALMG (Assembleia Legislativa de Minas Gerais) faz um alerta para uma nova modalidade do truque: o “golpe do motoboy”, em que os criminosos se passam por funcionários de bancos ou de operadoras de cartão de crédito.

De acordo com o órgão, os golpistas entram em contato por ligações telefônicas ou mensagens, alegando que o consumidor provavelmente teve o cartão clonado, porque haveria compras suspeitas em seu nome. Por isso, seria necessário cancelar o cartão.

Em seguida, o criminoso orienta que a pessoa digite alguns dados no telefone, entre eles a senha do cartão, para que esse cancelamento seja efetivado imediatamente. Depois, ele diz que o cartão deve ser cortado ao meio e entregue a um motoboy que vai buscá-lo na casa do cliente.

‘Engenharia social’

Com todos os dados necessários em mãos, os golpistas passam a fazer compras no cartão, provocando milhares de reais de prejuízo. Segundo o coordenador do Procon Assembleia, Marcelo Barbosa, os fraudadores utilizam técnicas da chamada “engenharia social”, um conjunto de estratégias computacionais e psicológicas para manipular a vítima e convencê-la a fornecer seus dados pessoais e bancários.

“São quadrilhas muito habilidosas e persuasivas, que muitas vezes fazem as pessoas acreditarem na veracidade da situação”, afirma. Em alguns casos, os golpistas pedem até que a vítima escreva uma carta de próprio punho informando que não reconhece o suposto uso indevido do seu cartão, tudo para tornar a argumentação ainda mais convincente.

Dicas para evitar os golpes

O Procon recomenda que, caso receba alguma ligação nesse sentido, o consumidor evite fornecer qualquer informação antes de ter certeza de quem está no outro lado da linha. “Não tenha vergonha de desligar o telefone e ligar você mesmo para o banco ou operadora do cartão”, afirma Marcelo Barbosa.

Mas atenção: em alguns casos, os fraudadores grampeiam os telefones das vítimas por alguns minutos, de forma que a ligação pode ser direcionada para um número dos próprios golpistas. Por isso, a forma mais segura é utilizar uma outra linha telefônica para entrar em contato com a instituição financeira.

Outra coisa que o consumidor deve saber é que os bancos jamais pedem de volta um cartão cancelado e muito menos enviam motoboys para buscá-lo. “Se isso for proposto a você, não acredite, pois trata-se de uma tentativa de golpe. Nunca entregue seu cartão a ninguém e jamais informe sua senha por telefone ou respondendo a uma mensagem de e-mail ou whatsapp”, orienta o coordenador do Procon Assembleia.

O consumidor que for vítima do golpe do motoboy deve registrar um boletim de ocorrência policial e fazer uma reclamação no Procon de seu município. “De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 14, a responsabilidade dos fornecedores é objetiva e a não proteção dos dados dos consumidores pode ser considerada falha na prestação do serviço, cabendo aos fornecedores o ônus de eventuais negligências”, conclui Marcelo Barbosa.

Edição: Giovanna Fávero

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