Situação dos professores da rede estadual afeta alunos que prestarão Enem

Foto/ Vera Lima

Salário no quinto dia útil. Essa é a principal reivindicação dos servidores da educação do estado de Minas Gerais em sua última paralisação. Porém, quem é afetado diretamente e está particularmente interessado no fim da greve são os alunos formandos, que prestarão a prova do Enem este ano.

Por convocação do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), os professores paralisaram suas atividades em função do escalonamento salarial promovido pelo governo e o constante atraso nos pagamentos. De acordo com o Sind-UTE, educadores não voltarão ao trabalho enquanto a 1ª parcela não cair na conta de cada servidor. Até o momento, não obtiveram retorno do governo.

As alunas Meirihelen Miranda e Diana Sthefanie, que cursam o terceiro ano na escola Escola Estadual Raul Teixeira da Costa Sobrinho, em Santa Luzia, na região metropolitana da capital, sofrem as consequências da greve.  Meirihelen diz que os professores estão certos, mas ainda assim, se sente prejudicada. “Vamos ter que compensar dias sem aulas nos sábados. Essas paralisações afetam muito nosso estudo”, reclama.

A aluna ainda diz que o futuro é incerto quanto ao ano letivo, “disseram que provavelmente teremos aula até em janeiro. Então vai ser formar no ensino médio e, se conseguir a vaga, ir já direto para a universidade”, lamenta.

Já Diana, que também se sente afetada, procurou um cursinho para um melhor resultado, mas afirma que a escola tem dado orientações quanto ao cronograma escolar do decorrer do ano. “A escola procura manter os alunos informados sobre a situação e o que será feito em diante”, pondera.

Com dificuldade, alunas se preparam para o Enem em meio as paralisações dos professores.

Em relação à situação dos estudantes, a reportagem entrou em contato com a Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais. Em nota, a SEE informou que já encaminhou ofício com orientação geral sobre a reposição de aulas dos dias letivos perdidos.

A instituição afirma ainda que a partir da orientação geral, cada escola vai elaborar um calendário de reposição, conforme a adesão de cada unidade ao movimento, com a aprovação do colegiado escolar e da Superintendência Regional de Ensino (SRE), de forma a garantir o cumprimento da carga horária anual dos estudantes, em todas as etapas, e dos dias letivos previstos em lei.

Marcella Oliveira

Publicitária e redatora do portal BHaz.

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