Trem bão! Queijo Cabacinha vira patrimônio cultural e imaterial de Minas

queijo cabacinha
Segundo levantamento, 160 famílias produzem o queijo em sete cidades da região (Delícias da Roça/Divulgação)

Cafezinho, boa prosa e, é claro, um bom queijo para acompanhar. Se você vive em Minas Gerais, já sabe que esse é o “bê-a-bá” de qualquer bom encontro. Mas sabia que o queijo Cabacinha é considerado patrimônio cultural e imaterial do estado?

O queijo do Vale do Jequititinhonha é reconhecido por Minas desde 2014, com o surgimento de uma portaria que identifica a região como a tradicional produtora.

No início deste mês, o governador Romeu Zema (Novo) sancionou a lei que transforma o Cabacinha em mais um patrimônio imaterial dos mineiros.

Segundo um levantamento da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), 160 famílias produzem o queijo em sete cidades da região. O nome se deve ao formato, parecido ao de uma cabaça, fruto usado em artesanatos.

Queijo é feito apenas com leite cru

O reconhecimento da variedade dos queijos artesanais e caracterização das regiões produtivas é uma prerrogativa do estado. Assim, segue um protocolo da Seapa e suas vinculadas, a Emater-MG, a Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

O Cabacinha é feito exclusivamente com leite cru de vaca. Em um dos processos iniciais, obtém-se uma coalhada. Depois, o produtor divide a massa em várias porções para aumentar a densidade do alimento.

Com o ponto da massa adequado, inicia-se a fermentação, que dura de 12 a 14 horas. O queijo é moldado à mão, com imersão em água quente. Por fim, passa pelo período de maturação, ficando pendurado para secar.

Caracterização e pesquisa

Desde o ano de 2021, a Epamig (Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais) coordena pesquisas em parceria com a UFMG e a UFSJ, federal de São João del-Rei, para subsidiar a caracterização do queijo.

Agora, os trabalhos estão em fase de acompanhamento de fabricação, análises sensoriais e entrevistas com mestres queijeiros e comerciantes. A Epamig ainda é responsável por estudar o consumo seguro dos produtos.

Técnicos da Emater-MG estão sendo treinados para coletar amostras da água, do soro-fermento, da massa fermentada e massa filada, além do queijo, em 30 queijarias a partir de 30 de agosto.

Com Agência Minas

Edição: Roberth Costa
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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