MP prende grupo que roubava petróleo e tinha importante base em Barbacena

Parte da organização criminosa presa furtando petróleo da Transpetro

Sete pessoas foram presas na manhã desta quarta-feira (21) por participação no furto de petróleo bruto e derivados dos dutos da Petrobras Transporte (Transpetro), o braço logístico da Petrobras para a área. A quadrilha era comandada por policiais militares do Rio de Janeiro e tinha a sua principal base de atuação em Barbacena, Campo das Vertentes.

A operação chamada de Bandeirantes foi desencadeada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) – por meio do Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI). Além das prisões, foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão em Minas e no Rio.

No Rio, foram presos os militares Ernani Monte de Lima e José da Silva de Lima, lotados no 26º (Petrópolis) e 16º Batalhão de Polícia Militar (Olaria), respectivamente. Estão também envolvidos três ex-funcionários de empresas terceirizadas que prestaram serviço para a petroleira. De acordo com o Gaeco, a organização criminosa está sendo investigada desde março de 2017, quando parte do grupo foi presa em flagrante também por furto.

Com o grupo foram apreendidos celulares, armas e munições (Thays Cristina/Wellington Capristrano/Polícia Civil)

Segundo das investigações, os PMs do Rio eram os cabeças do grupo e cuidavam desde o roubo, da logística de transporte e da segurança do grupo. Para facilitar a atuação, eles alugaram o terreno em Barbacena por onde passava o duto da Transpetro. No ano passado, eles foram presos quando retiravam o petróleo pelo método de conhecido como trepanação, que consiste na instalação de uma válvula para desviar o óleo.

Na ocasião, parte do grupo foi presa. Porém, acusados pela justiça mineira apenas por tentativa de furto qualificado, aguardam o julgamento em liberdade. Mas a continuidade das investigações demonstrou que para o aluguel do terreno, a organização criminosa também falsificou documentos. Entre eles a assinatura de uma pessoa idosa, usada como laranja,  além selo do 18º Registro de Notas da capital para dar aparência de legalidade ao aluguel do terreno em Barbacena.

Por meio de nota, o MP carioca informou: “Todos foram denunciados pelo crime de organização criminosa e tiveram a prisão preventiva pedida pelo Gaeco/MPRJ e concedida pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Duque de Caxias, local onde a organização criminosa se formou e se estruturou.” A operação conta com as participações de 28 agentes da CSI/MPRJ e 12 agentes da Corregedoria Interna da PMERJ, tem o apoio da Gaeco do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e da Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados.

Maria Clara Prates

Formada em Comunicação Social com ênfase em Jornalismo na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais (PUC/MG). Trabalhou no Estado de Minas por mais de 25 anos, se destacando como repórter especial. Acumula prêmios no currículo, tais como: Prêmio Esso de 1998; Prêmio Onip de Jornalismo (2001); Prêmio Fiat Allis (2002) e Prêmio Esso regional de 2009.

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