Os sindicatos que representam as forças de segurança de Minas Gerais vão se reunir para avaliar a proposta do governador Romeu Zema (Novo), anunciada nesta sexta-feira (11), e decidir se a greve será mantida ou não. O mandatário negou o pedido de recomposição salarial de 24%, mas aumentou os benefícios da categoria.
Procurado pelo BHAZ, o presidente da Aspra (Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais), subtenente Heder Martins de Oliveira, informou que os representantes das categorias devem se reunir no fim desta tarde.
“No primeiro momento nossa insatisfação é geral. Vamos ver quais os próximos passos a serem tomados e todos serão avisados da decisão”, disse.
O Sindppen/MG (Sindicato dos Policiais Penais do Estado de Minas Gerais) também confirmou a informação. Segundo a entidade, a reunião servirá para definir os próximos passos da categoria. Os sindicatos devem divulgar nota conjunta ainda hoje.
Já o Sindpol/MG (Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais) informou que a diretoria está reunida nesta manhã e deve se posicionar após o encontro.
A proposta
O governador Romeu Zema informou hoje que não vai conceder a recomposição salarial de 24% pedida pelas forças de segurança, Contudo, ele propôs aumentar as parcelas do auxílio fardamento. Antes era somente uma, agora a categoria receberá quatro parcelas de R$ 1,8 mil.
“Seria conveniente dar mais em ano eleitoral, mas para mim o que vale mais é responsabilidade. Prefiro fazer o certo e não ser eleito”, disse o governador em coletiva de imprensa nesta manhã.
O Governo de Minas ainda anunciou que os servidores da Segurança, da Educação e da Saúde devem receber reajuste salarial de 10,06%, retroativo ao mês de janeiro.
Relembre
Desde o último mês, milhares de policiais mineiros se reúnem nas ruas da capital para protestar contra o veto na recomposição salarial. Os atos cobraram os reajustes salariais de 24%, pagos em duas parcelas, conforme acordado com o governo do estado em 2019. No entanto, Romeu Zema ofereceu a recomposição de 10,6%, valor que não foi aceito pela categoria.
Durante os protestos, servidores da Polícia Militar e da Civil, entre outros representantes da categoria, exigiam ”valorização e respeito”, chamando atenção com carros de som e bombas. De acordo com a liderança do movimento, sem um acordo com o governo, existiria a possibilidade de paralisação geral das forças policiais.