Zema nega reajuste de 24% e aumenta benefícios para forças da segurança

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Romeu Zema (Novo) concedeu coletiva para falar sobre a recomposição salarial das forças de segurança (Amanda Dias/BHAZ)

Atualização às 11:30 do dia 11/03/2022 : Ao contrário do que a reportagem informava inicialmente, os sindicatos de servidores das forças de segurança ainda avaliam a proposta feita pelo Governo de Minas Gerais. Uma reunião está marcada entre os representantes para as 17h desta sexta-feira (11).

O governador Romeu Zema (Novo) negou o pedido de recomposição salarial de 24% para as forças de segurança, durante coletiva na Cidade Administrativa, na manhã de hoje (11). Contudo, o político propôs aumentar as parcelas do auxílio fardamento. Antes era somente uma, agora a categoria receberá quatro parcelas de R$ 1,8 mil. Representantes dos sindicatos da categoria vão se reunir no fim da tarde para discutir as mudanças apresentadas pelo Executivo estadual.

“Seria conveniente dar mais em ano eleitoral, mas para mim o que vale mais é responsabilidade. Prefiro fazer o certo e não ser eleito”, diz o governador. Ele também relembrou a situação da merenda nas escolas quando assumiu o governo, e falou sobre equilibrar as contas do governo. “É fácil entrar no buraco, mas difícil sair”.

“Eu assumi um estado caótico. Minas ainda está em situação financeira crítica, logo o reajuste está limitado. Todos os servidores do estado receberão 10% [de reajuste]. A última vez que isso aconteceu foi em 2011”. Zema também reconheceu que o custo de vida vem aumentando, mas avisou que se Assembleia aprovar um reajuste maior do que o acordado, terá que vetar a proposta.

Edgard Estevo, Coronel do Corpo de Bombeiros e um dos representantes da categoria, corroborou as falas de Zema. “Reforçando as palavras do governador. Foram muitas reuniões e conversas. Chegamos ao limite do que é legal e da condição financeira do estado. As forças de segurança permanecerão nas ruas, fazendo a proteção pública da melhor forma possível”.

Relembre

Desde o último mês, milhares de policiais mineiros se reúnem nas ruas da capital para protestar contra o veto na recomposição salarial. Os atos cobraram os reajustes salariais de 24%, pagos em duas parcelas, conforme acordado com o Governo do Estado no ano de 2019. No entanto, Romeu Zema (Novo) ofereceu recomposição de 10,6%, valor que não foi aceito pela categoria.

Durante os protestos, servidores da polícia militar e civil, entre outros representantes da categoria, exigiam ”valorização e respeito”, chamando atenção com carros de som e bombas. De acordo com a liderança do movimento, sem um acordo com o Governo, existiria a possibilidade de paralisação geral das forças policiais.

 

Edição: Vitor Fernandes
Isabella Guasti[email protected]

Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022 e também de reportagem premiada pelo Sebrae Minas em 2023.

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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