Mineiros têm o sotaque mais charmoso e cativante do Brasil, aponta pesquisa

sotaque mineiro charmoso
O estudo ouviu cerca de 700 pessoas pelo país, elegeu o sotaque mineiro como o mais charmoso e cativante do Brasil (Amanda Dias/BHAZ)

Não há quem não se apaixone por um sonoro “uai” cantado ao pé do ouvido, é o que revelou uma pesquisa recente feita pela plataforma de idiomas Preply. O estudo, que ouviu cerca de 700 pessoas pelo país, elegeu o sotaque mineiro como o mais charmoso e cativante do Brasil.

A ideia da pesquisa é entender melhor como diferentes pronúncias regionais são percebidas pelas pessoas, elegendo, das mais amigáveis às inconfundíveis, suas maneiras regionais de conversar favoritas. O que não foi surpresa para ninguém que que Minas Gerais apareceu no topo de quase todos os tópicos.

Para os entrevistados, o jeito de falar dos mineiros é o mais charmoso e cativante de todo o país. Além disso. Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais são os estados nacionais com os sotaques mais marcantes. Se pudessem escolher ter outro sotaque, a maioria dos brasileiros gostaria de falar como os fluminenses ou como os mineiros.

A pesquisa ouviu cerca de 700 pessoas residentes em todas as regiões do país, de 19 a 25 de maio de 2023. Para determinar os sotaques favoritos dos respondentes em cada categoria, os entrevistados responderam a cinco questões associando adjetivos às formas de falar em cada um dos estados.

Em seguida, uma escala de pontuação foi desenvolvida com base nas porcentagens de cada resposta, sendo atribuída nota 10 aos estados com maior representatividade percentual e assim por diante. Veja os resultados abaixo:

Sotaque mais charmoso

Café quentinho, pão de queijo, “docin” de leite… e, agora, mais um item para a lista de elementos característicos de Minas Gerais: o sotaque mais charmoso do Brasil. Assim fica difícil concorrer, né?

A maioria dos entrevistados ouvidos pela pesquisa da Preply revelaram que a maneira de pronunciar as palavras por aqui é, de longe, a mais sexy, ganhando dos pernambucanos e catarinenses.

Nem mesmo os baianos, cuja pontuação chegou a alçá-los à segunda posição, foi capaz de abalar o sucesso nacional dos residentes da terra do pão de queijo. Mas, afinal, o que faz do nosso sotaque algo tão charmoso?

A resposta, não apresentada pelos participantes do levantamento, pode estar associada à maneira “cantada” como os mineiros costumam conversar, assim como a mania constante de recorrer aos diminutivos, como “pertin”, “cafézin”, atributos que tendem a ser vistos como simpáticos e carinhosos por quem os ouve pela primeira vez.

Não à toa, o jeitinho mineiro de conversar também acabou levando o título de mais cativante do país. Veja abaixo:

Preply/Divulgação
Preply/Divulgação

Sotaque mais inconfundível

Quando o assunto são os sotaques mais marcantes, os mineiros acabaram ficando para trás dos fluminenses e baianos. O jeitinho de falar típico dos residentes do Rio de Janeiro, cuja marca são os s “chiados” e as vogais mais abertas, foi o grande destaque do ranking das pronúncias inconfundíveis.

Na lista, também compõem o pódio das variações regionais mais notáveis a dos gaúchos e a dos paulistas, ambas bastante peculiares em relação aos outros estados.

Isso porque, enquanto no Rio Grande do Sul são comuns as ênfases nas últimas vogais das palavras (geralmente acompanhadas do pronome “tu” em vez de “você”), o grande diferencial dos paulistas está na pronúncia “puxada” da letra R (“porrrta”, por exemplo).

Preply/Divulgação

Que sotaque teria se pudesse escolher?

Se os brasileiros tivessem a possibilidade de mudar seu próprio jeito de falar, que outro sotaque escolheriam ter? Ao serem questionados, os envolvidos no estudo declararam que a opção mais desejada seria a maneira de conversar do Rio de Janeiro, com direito a todos os seus “mermão” e “caraca, brother!”.

A preferência pelo sotaque mineiro foi quem apareceu logo em seguida, ao lado do desejo de se expressar como os gaúchos. Além disso, boa parte dos brasileiros também mencionaram não dispensar a oportunidade de experimentar o falar baiano e o catarinense.

Preply/Divulgação
Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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