‘Tudo indica’ que 3ª dose da vacina será aplicada em ‘boa parte’ da população, diz Zema

Zema em Montes Claros
Declaração foi feita durante visita a Montes Claros (Cristiano Machado/Imprensa MG)

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou que “tudo indica” que grande parte da população do estado deverá receber uma terceira dose da vacina contra a Covid-19. A declaração foi feita à imprensa nessa terça-feira (3), durante visita a Montes Claros, no Norte de Minas.

“Esse final de vacinação em setembro para acima de 18 anos deverá ser uma etapa do plano de imunização. Tudo indica que uma terceira dose deverá ser aplicada em boa parte da população, e adolescentes e crianças também deverão ter o seu lugar a partir de setembro”, afirmou Zema.

Ainda segundo o governador, o secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, tem participado de discussões sobre o assunto com o Ministério da Saúde. “Em breve nós deveremos ter algumas informações a respeito dessa ‘fase 2’ do Plano Nacional de Imunização”, completou o governador.

Romeu Zema visitou Montes Claros ontem para assinar convênio com a Santa Casa da cidade para a construção de estrutura pediátrica na unidade. Serão criados 10 leitos de CTI (Centro de Terapia Intensiva) pediátrico, 6 leitos canguru e 15 leitos pediátricos intermediários como retaguarda do CTI.

Estudo avalia terceira dose

Em nota, o Ministério da Saúde afirma que vai iniciar um estudo para avaliar a necessidade de uma terceira dose de vacina para quem tomou Coronavac. A pesquisa será realizada em parceria com a Universidade de Oxford e deve começar em duas semanas.

Segundo a pasta, o estudo vai “verificar a intercambialidade da Coronavac” com outros imunizantes disponíveis para a população brasileira. “Temos que fazer pesquisas para ter respostas e conduzir o nosso Programa Nacional de Imunizações (PNI)”, disse o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ao anunciar o estudo.

Queiroga divulgou a iniciativa ao lado da professora da Universidade de Oxford Sue Ann Clemens, que será a principal pesquisadora do estudo. “Vamos vacinar pessoas que já tenham tomado duas doses da Coronavac, seis meses depois da segunda dose. Temos quatro grupos [de estudo]: um com reforço da Coronavac, outros com Janssen, Pfizer e AstraZeneca”, explicou a pesquisadora.

Segundo ela, o objetivo do estudo é produzir dados para que o Ministério da Saúde possa implementar uma nova estratégia de vacinação, caso seja necessária, ainda no final deste ano. Para isso, a pesquisa contará com 1,2 mil participantes voluntários e as quatro vacinas já disponíveis no país. Os participantes precisam ser maiores de 18 anos e devem ter recebido duas doses da vacina há, pelo menos, seis meses.

Edição: Giovanna Fávero
Sofia Leão[email protected]

Repórter do BHAZ desde 2019 e graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Participou de reportagens premiadas pelo Prêmio Cláudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados, pela CDL/BH e pelo Prêmio Sebrae de Jornalismo em 2021.

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