Uma chuva de meteoros atingiu a cidade de Patos de Minas, região do Alto Paranaíba, nessa quinta (21) e sexta-feira (22). Câmeras do Observatório IDS registraram o momento em que o fenômeno caiu do céu. Chamada de chuva de meteoros Líridas, os detritos caíram entre 0h e 6h.
Conforme é possível ver no vídeo com imagens feitas pelas seis câmeras do observatório, vários pontos de luz caíram do céu rapidamente. Segundo o G1, 30 corpos celestes foram registrados dentro de 12h. De acordo com o Observatório Nacional, a chuva de meteoros atingiu seu ponto máximo durante a madrugada deste sábado (23). Assista ao fenômeno:
A chuva de meteoros Líridas está acontecendo desde o dia 15 de abril, e ocorrerá até o fim do mês. Na seção de comentários do vídeo feito pelo observatório, um internauta disse ter visto o fenômeno: “Na minha cidade deu para ver mais. Obs.: moro na roça, sem poluição luminosa”.
Chuva de média intensidade
Em entrevista ao G1, o responsável pelo laboratório, Ivan Soares disse que essa chuva de meteoros é considerada de média intensidade, mas que os meteoros são brilhantes. “O melhor horário para observação é nas madrugadas de céu claro”.
“Para isso, basta procurar um local livre de poluição luminosa e de nebulosidade, como as áreas mais afastadas dos grandes centros urbanos”, acrescentou Ivan. Ele disse que não se deve usar iluminação artificial, pois ela atrapalha a visão dos meteoros no escuro.
Ivan Soares explicou: “No caso da chuva Líridas, os meteoros irradiam da constelação de Lira, mas podem ser vistos em qualquer parte do céu. Para localizar a constelação, a sugestão é usar aplicativos, como Sky View e Carta Celeste, entre outros”.
Segundo o Observatório Nacional, o planeta Terra passa pelo rastro empoeirado do Cometa Tatcher (C/1861 G1) todos os anos, e essa passagem resulta na chuva de meteoros Líridas. O nome se dá pelo fato de que o fenômeno está localizado na constelação de Lyra. O planeta passará por essa região até o dia 29 de abril.
O que são meteoros e chuvas de meteoros
Meteoros são pequenos corpos celestes que se deslocam no espaço e entram na atmosfera da Terra, queimando parcial ou totalmente por conta da ablação com a atmosfera terrestre e do contato com moléculas de oxigênio. Tal fenômeno deixa um “risco” luminoso no céu, que é chamado de “estrela cadente”.
Já a chuva de meteoros acontece quando vários deles passam pelo céu noturno aparentemente de um mesmo ponto, o radiante. Conforme dito pelo astrônomo Marcelo de Cicco, estudar as chuvas de meteoros permitem estimar a quantidade e período de maior penetração de detritos e restos vindo dos fluxos de meteoroides que o planeta Terra periodicamente atravessa.
“Dessa forma, as missões espaciais e centros de controle de satélites podem melhor elaborar meios de proteção de suas naves e equipamentos nas proximidades da Terra-Lua e em órbita”, aponta o astrônomo.
