O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), se tornou um dos assuntos mais comentados no Brasil nesta segunda-feira (16) após insinuar que o governo Lula tenha feito “vista grossa” para os atentados em Brasília, no último dia 8 de janeiro. A declaração foi feita em entrevista à Rádio Gaúcha.
“Me parece que houve um erro da direita radical, que é minoria. Houve um erro também, talvez até proposital do Governo Federal que fez vista grossa para que o pior acontecesse e ele se fizesse de vítima. É uma suposição. Mas as investigações vão apontar se foi isso”, disse.
“Tudo é uma suposição, qualquer conclusão agora é prematura, mas o Gabinete de Segurança Institucional que está subordinado ao Ministério da Justiça foi comunicado previamente da situação e não se mobilizou, não fez nenhum plano de contingência”, acrescentou Zema.
Fala repercute negativamente
A fala não repercutiu bem e, mais tarde, o ministro da Secom (Secretaria de Comunicação), Paulo Pimenta, rebateu a declaração de Zema nas redes sociais. Para Pimenta, o governador faz insinuações “sem base”, se utilizando de “teorias da conspiração”.
“Não contribui o governador de um estado importante como MG fazer insinuações sem base, tentando culpar a vítima, com teoria da conspiração que levou muitos golpistas a ventilar fake news sobre ‘infiltrados’ e coisas desse tipo. Queremos diálogo sério pela reconstrução do Brasil”, escreveu no Twitter.
Já o deputado federal Guilherme Boulos (PSol) disse ser “lamentável ver esse bolsonarista irresponsável governando um estado tão importante como Minas Gerais”. Veja um pouco da repercussão: