Pouca gente sabe, mas a bicicleta foi um dos principais motivos que permitiram as mulheres a usarem calças! Foi graças à “magrela” que no fim do século XIX, mulheres francesas, americanas e inglesas começaram a largar suas pesadas saias e apertados espartilhos para procurar roupas que lhes garantisse maior mobilidade.
Além do vestuário, as bicicletas garantiam uma liberdade inédita à essas mulheres, que passavam a circular mais pelo espaço público, a ir mais longe e a se reunir com outras mulheres sem a presença de homens, fosse para discutir e trabalhar pelos seus direitos ou apenas para se divertir.
Até hoje, quase cento e vinte anos depois, entretanto, “ser mulher e pedalar na rua (ainda) é remar contra a maré em um mar de carros e ondas de assédio”. De cantadas baratas, em abordagens inapropriadas e invasivas através de palavras, gestos e algumas vezes até contato físico, à carros que não respeitam o limite de 1,5 metro da ciclista, ser uma mulher e pedealar nas ruas da cidade é resistir por liberdade e autonomia!
Esse é o mote da campanha “Respeita as minas de bike!” da vlogueira e ciclista Nina Tangerina em parceria com a Bitelli Bikes.
Respeita as minas de bike! #estaéaminhahistóriaSer mulher e pedalar na rua é remar contra a maré em um mar de carros e ondas de assédio. Nós não estamos sozinhas. Nós somos a revolução e vamos ocupar a faixa. Nós somos várias e exigimos respeito, exigimos educação e pedalando a gente grita: RESPEITA AS MINA!Esse vídeo é uma produção do Nina Tangerina Blog + Bitelli Bikes. As minas pedalando são, em ordem de aparição no vídeo, Mara Oliveira, Nina Tangerina, Andréa Bezz, Dandara Leite e Natasha Catunda. Câmeras de Caio H. Nunes, Allan Araújo e condução do carro por Arthur Cabral. Trilha sonora por Móveis Coloniais de Acaju e camiseta incrível da Nina do FXDBRA!www.ninatangerina.comfb.com/bitellibikesMe siga no Instagram: @ninatangerina #SupportYourLocalGang #FixedGirlsBrasil #Ciclanas #EstaÉaMinhaHistória
Posted by Nina Tangerina Blog on lunes, 11 de abril de 2016
Infelizmente, mulheres ainda são mais vulneráveis no espaço público, o que impacta a maneira como escolhem o seu meio de transporte. A Comunidade Científica Americana, por exemplo, mede o quanto uma cidade é amiga da bicicleta pela porcentagem de mulheres que optam por pedalar. Elas são o termômetro para avaliar se as vias para os ciclistas se demonstram seguras.
No final dos anos 1800 a feminista americana Susan Anthony afirmou “Andar de bicicleta fez mais pela emancipação da mulher do que qualquer outra coisa no mundo”. Talvez ainda seja verdade.
