Passando de 342 votos, Câmara diz sim ao impeachment de Dilma

Acaba de obter a quantidade mínima necessária de votos para a aprovação do pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Entretanto, tal aprovação não afasta Dilma imediatamente da Presidência da República. Isso só pode ocorrer após a análise do Senado. Para ser aprovado na Câmara, o processo dependia do voto de no mínimo 342 dos 513 deputados, ou dois terços do total. A votação, no entanto, segue na Câmara.

Essa é a segunda vez, na história política do Brasil, que um processo de impedimento de um presidente da República recebe o aval da Câmara dos Deputados. A primeira foi em 29 de setembro de 1992, quando o então presidente Fernando Collor de Mello, do PRN, teve seu pedido de afastamento acolhido com o voto de 441 deputados.

A sessão deste domingo (17), que começou tumultuadamente, com os parlamentares contra o impeachment reclamando ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que havia colegas se manifestando a favor do impedimento atrás da mesa da Casa. Houve gritaria e empurra-empurra. Após as orientações de voto das lideranças dos partidos, a votação começou às 17h47.

O primeiro deputado a votar foi Washington Reis (PMDB-RJ), que estava de cadeira de rodas e, por questões de saúde, passou na frente da bancada do Estado de Roraima. Ele votou sim, pelo impeachment.

O voto do deputado Bruno Araújo (PSDB-PE), foi o 342º sim e com ele, a Câmara alcançou às 23h08, os votos necessários para que tenha prosseguimento no Senado o processo de impeachment.

O líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães (PT-CE), já admitiu a derrota do governo na votação. Segundo Guimarães, a derrota é “provisória”, e o governo tem ainda a chance de reverter a situação no Senado com a ajuda das ruas. “Perdemos porque os golpistas foram mais fortes. Reconhecemos a derrota, mas de cabeça erguida. Estamos firmes, e este país vai se levantar contra esses golpistas que não têm voto, e muito menos condições de governar o país”, disse o líder do governo.

Até o fechamento dessa matéria a presidente o Planalto não se pronunciou sobre a derrota.

Com informações do G1 e da Agência Brasil.

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