Mais um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) votou contra o pedido de habeas corpus do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT): 3 x 1. Desta vez, o ministro Luís Roberto Barroso votou “não” à defesa de Lula nesta quarta-feira (4).
O ponto crucial abordado em seu voto foi o prejuízo que desvios de dinheiro público traz para a sociedade, com destaque para mal conservação das estradas federais e morte de pacientes em filas de hospitais. Ele não poupou críticas ao sistema judicial: “Um sistema que não funciona faz as pessoas acreditarem que o crime compensa”, disse.
O ministro Dias Toffoli afirmou pediu aparte e disse que a fala do magistrado pode ser confirmada com os milhares de homicídios registrados no Brasil e que não possuem denúncias no poder Judiciário.
Com a proximidade do fim do voto, Barroso disse que lamenta deixar para seus filhos um país que é o “paraíso de homicidas e corruptos”.
Min Barroso enumera casos de homicídio de grande repercussão, como os assassinatos da jornalista Sandra Gomide, da deputada Ceci Cunha e da missionária Dorothy Stang, entre outros, em que os culpados recorreram durante anos em liberdade. “A justiça é o alimento da alma”, afirmou.
— STF (@STF_oficial) 4 de abril de 2018