Bolsonaro diz que vai passar a faixa e se recolher caso perca as eleições

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Presidente concedeu entrevista a um grupo de podcasts cristãos (Reprodução/Luciano Subirá/YouTube)

Em entrevista a um grupo de podcasts evangélicos, na madrugada desta terça-feira (13), o presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que vai “passar a faixa e se recolher” caso perca as eleições deste ano.

“Se essa for a vontade de Deus, eu continuo. Se não for, a gente passa a faixa e vou me recolher, porque, com a minha idade, não tenho mais nada a fazer aqui na Terra se acabar essa minha passagem pela política em 31 de dezembro deste ano”, disse o presidente – que tem 67 anos – ao grupo de podcasts cristãos Dunamis, Felipe Vilela, Hub, Positivamente, Luma Elpidio e Luciano Subirá.

Logo após, o político agradeceu aos eleitores. “Temos os mesmos valores, tenho sempre falado: Deus, pátria, família e liberdade. Não esqueça da palavra liberdade, isso é importantíssimo”, completou.

Declarações na pandemia

Bolsonaro também falou sobre suas declarações durante o ápice da pandemia. Ele disse que deu “uma aloprada” e que se arrepende de ter dito que não era coveiro, ao ser questionado sobre o alto número de mortes por Covid-19 no Brasil.

“Eu dei uma aloprada. Os caras [imprensa] batiam na tecla o tempo todo e queriam me tirar do sério”, explicou o presidente.

“Retiraria [o que disse] porque não tinha vacina”, disse demonstrando arrependimento quando questionado sobre afirmação de que não era “coveiro”, logo no início da pandemia.

“Sou chefe da nação. Eu sei disso. Eu lamento. Não falaria de novo, não falaria de novo. Você pode ver que de um ano para cá meu comportamento mudou. A minha cadeira é um aprendizado”, completou.

Compra de imóveis

Na entrevista, Bolsonaro também criticou a reportagem do UOL sobre suposta compra de imóveis em dinheiro vivo por parte da família dele. O presidente afirmou que não tinha nada a ver com a vida de seus familiares ou da ex-mulher Ana Cristina Valle.

Brasil no exterior

Questionado sobre a situação internacional do Brasil, Bolsonaro disse que a relação do Brasil com o mundo está boa e destacou que vai ao funeral da Rainha Elizabeth 2ª. “Vou ver a rainha segunda-feira, se Deus quiser, foi uma grande mulher. Teve uns problemas familiares, é verdade…”.

Sobre a Guerra na Ucrânia, o presidente afirmou que falou com Zelensky e que acredita que o presidente ucraniano deveria ouvir mais seus generais. Para Bolsonaro, Vladimir Putin se viu em uma situação semelhante à da crise dos mísseis em Cuba. Segundo ele, a possível entrada da Ucrânia para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) levaria mísseis ao “quintal” da Rússia.

Futuro na política

Ao responder sobre a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600,00, Bolsonaro disse que não deve ser “candidato a mais nada” na política.

“Havendo reeleição, ninguém vai trabalhar contra [o auxílio], até porque não devo ser candidato a mais nada, se Deus quiser”.

O presidente começou a carreira política em 1989, como vereador do Rio de Janeiro. Em 1991, foi eleito deputado federal pelo estado do Rio, função na qual permaneceu até 2019, quando tomou posse como presidente.

Assista na íntegra:

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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