CNT/MDA: Maioria é contra flexibilização de armas e acredita que filhos interferem no Governo Bolsonaro

Caio César/CMRJ + Agência Brasil/Divulgação

Mesmo com 57,5% de aprovação do governo Bolsonaro, em pesquisa divulgada nesta terça-feira (26), a população não está satisfeita com os principais pilares da campanha do atual presidente. A posse de armas, a Reforma da Previdência e a interferência dos filhos no governo são alguns dos fatores que desagradam parte do eleitorado.

A pesquisa é da Confederação Nacional do Transporte (CNT) em parceria com o Instituto MDA. Foram ouvidas 2.002 pessoas em 137 municípios de 25 unidades federativas nas cinco regiões do país, de 21 a 23 de fevereiro.

De acordo com a pesquisa, 56,8% do entrevistados acreditam que os filhos do presidente Jair Bolsonaro (o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro; o deputado federal Eduardo Bolsonaro; o senador Flávio Bolsonaro) estão interferindo nas decisões do pai na Presidência da República.

Do total, 75,1% avaliam que familiares, independentemente de serem ou não políticos, não devem influenciar um presidente nas suas decisões de governo.

A pesquisa também tratou da exoneração do ex-ministro da Secretaria Geral da Presidência da República, Gustavo Bebianno: 58,3% dos entrevistados afirmaram que estão acompanhando ou ouviram falar do caso. Entre eles, 54,5% acham que a exoneração foi justa.

Também entre os que sabem da exoneração, 73,3% acreditam que o filho de Jair Bolsonaro, o vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro, influenciou na demissão do ministro Gustavo Bebianno.

Em relação ao decreto que flexibiliza a posse de armas, uma das principais plataformas da campanha de Bolsonaro, a maioria não gostou. Foram 42,9% de aprovação, contra 52,6% desaprovação. 

Sobre a Reforma da Previdência, os entrevistados ficaram divididos na margem de erro. Segundo a pesquisa, 43,4% aprovam a mudança na Previdência e outros 45,6% desaprovam.

Expectativas

A pesquisa mede ainda a expectativa da população para os próximos seis meses em relação a temas como emprego, renda, saúde, educação e segurança pública. Dos entrevistados, 53,3% confiam que a segurança pública terá melhoras, 17,5% dizem que vai piorar e 26,3% acreditam que vai ficar igual.

Para 51,3% a emprego vai melhorar, 17,2% afirmam que vai piorar e 28,7% acreditam que ficará como está. Segundo 33,8% dos entrevistados, a renda mensal vai aumentar. Para 9,6% , vai diminuir e 51,2% dizem que vai ficar igual.

Dos 2.002 ouvidos, 41,7% acreditam que haverá melhora no atendimento à saúde, 19,2% acreditam que vai piorar e 36% não vê mudanças. Para 47,2%, a educação vai melhorar, 15,6% afirmam que vai piorar e 34,8% confiam que se manterá como está.

Governadores e prefeitos

O levantamento também avaliou o desempenho dos governadores e prefeitos. Na pesquisa, 7,1% dos entrevistados avaliam o governador de seu estado como ótimo; 29,7% como bom; 32,7% como regular; 8,5% como ruim; e 10,4% como péssimo.

A pesquisa analisa também os governos municipais: 7,4% dos entrevistados avaliam o prefeito de sua cidade como ótimo, 24,8% como bom e 29,2% como regular. Outros 13,5% como ruim; e 21,5% como péssimo.

Com Agência Brasil e CNT

Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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