Bolsonaro e ministros faltam a entrevista coletiva em Davos e viram alvo de críticas

Alan Santos/Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) não participou da coletiva de imprensa que estava prevista para esta quarta-feira (23), no Fórum Econômico Mundial, em Davos. O presidente e a equipe de ministros que o acompanha cancelaram a participação no evento 40 minutos antes do combinado.

Também foram suspensas as entrevistas com os ministros Sérgio Moro (Justiça) e Paulo Guedes (Economia).

Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o assessor da Presidência Tiago Pereira Gonçalves disse aos jornalistas que aguardavam o presidente que o cancelamento da entrevista foi por conta da “abordagem antiprofissional da imprensa”.


Entretanto, outra versão dada aos profissionais da imprensa foi a de que o presidente precisa se poupar para o procedimento cirúrgico de retirada da bolsa de colostomia, previsto para a próxima segunda-feira (28).

Entrevista

Mais cedo, em entrevista exclusiva à emissora de televisão da Bloomberg, empresa internacional de notícias, em Davos, na Suíça, o presidente Jair Bolsonaro disse que a reforma da Previdência que será enviada ao Congresso trará “substanciais” cortes nos desembolsos previdenciários e estabelecerá uma idade mínima de aposentadoria. Paralelamente, ele confirmou que o plano de privatização está quase pronto.

Na entrevista, Bolsonaro se disse comprometido a adotar medidas para impedir qualquer movimento negativo na economia brasileira. Segundo o presidente, há uma “consciência” no país que as reformas em discussão, como a da Previdência e a tributária, são “vitais”.

Comércio exterior

De acordo com a publicação da Bloomberg, Bolsonaro disse que há esforços para modernizar o Mercosul (bloco que reúne Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, além da Venezuela, que está suspensa) e permitir que o Brasil faça acordos comerciais separados do bloco.

O texto menciona o impasse nas negociações entre Mercosul e União Europeia. De acordo com a reportagem, o presidente afirmou que as dificuldades envolvem a resistência da França à demanda brasileira relacionada a bens agrícolas.

Explicações

Durante a entrevista à Bloomberg, segundo a reportagem, o presidente fez questão de responder sobre as investigações relacionadas às movimentações financeiras atípicas envolvendo Fabrício Queiroz, ex-assessor do deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ).

De acordo com Bolsonaro, se for comprovado que o filho errou, “terá que pagar o preço” pelas ações atribuídas a ele.

Com Agência Brasil

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